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EUA ultrapassam marca de 200 mil mortes por covid no 1º dia do outono

Em discurso na Assembleia Geral da ONU, Trump reitera críticas à China sobre pandemia e política ambiental -                                 REPRODUÇÃO/ONU
Em discurso na Assembleia Geral da ONU, Trump reitera críticas à China sobre pandemia e política ambiental Imagem: REPRODUÇÃO/ONU

Colunista do UOL

22/09/2020 12h53

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O outono começa hoje no Hemisfério Norte com os Estados Unidos ultrapassando a simbólica marca de 200 mil mortes por covid-19. Segundo contabilidade da Universidade Johns Hopkins no fim da manhã desta terça-feira, 200.005 americanos morreram devido ao coronavírus. O número de casos é de 6.861.211.

Em 24 dos 50 estados, os casos voltaram a subir nos últimos sete dias, alimentando temores de que o tempo mais frio do outono, quando há mais doenças respiratórias, acelere a transmissão do coronavírus.

Mas o presidente Donald Trump continua tentando iludir os eleitores e o público internacional. Nesta terça, ele usou seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) para terceirizar responsabilidades. Atacou a China, que controlaria a ONU. Voltou a chamar o coronavírus de "vírus chinês"

Nesta segunda-feira, ele deu nota "A+" (nota máxima com louvor) para o seu próprio desempenho na pandemia. Afirmou que o vírus "não afeta virtualmente ninguém", apesar das duas centenas de milhares de mortes.

Contrariando diretrizes sanitárias do governo, ele continua fazendo comícios com apoiadores que não usam máscaras e não adotam distanciamento social, duas medidas simples, mas efetivas para proteger as pessoas.

Número de casos diários pula de 30 mil para 40 mil

Os números de casos de covid-19, que dispararam em junho e julho e tiveram queda em agosto, voltaram a subir nos últimos dias.

O país retomou o patamar de cerca de 40 mil novos casos diários depois de ter baixado esse número para aproximadamente 30 mil, taxas muitas altas nos dois cenários.

Ao contrário do que previu o presidente Donald Trump, o vírus não desapareceu no calor. Negacionismo científico não muda a realidade.

Com a chegada do frio, as pessoas tendem a permanecer mais tempo em ambientes fechados, o que torna mais fácil a transmissão do vírus. É consenso científico que atividades ao ar livre trazem menos risco de contrair a covid-19.

Um verão diferente

Esse foi um verão diferente, com restrições por causa da pandemia, mas praias e alguns lugares turísticos estavam repletos de visitantes.

Em Maryland, no feriado do Dia do Trabalho, que aqui caiu em 7 de setembro, as praias na baía de Chesapeake ofereciam temperaturas amenas, na casa dos 27 a 28 graus, para turistas que respeitavam de alguma maneira o distanciamento social. É um programa fácil para quem mora em Washington e quer um banho de mar.

A cidade de Nova York, que foi o epicentro da pandemia em março e abril, tem agora uma das taxas mais baixas de infecção do país. Mas os turistas voltaram à cidade de forma tímida. Restaurantes só têm servido refeições ao ar livre. As lojas andam com pouco movimento. Na pandemia, as ruas não têm a mesma vibração, apesar de a região do Soho ter vida noturna mais agitada que outras áreas da cidade.

Um passeio clássico do turismo americano é a visita às Cataratas do Niágara, bem ao norte no estado de Nova York, na divisa com o Canadá.

Em 13 de setembro, um domingo, havia filas de até duas horas para entrar no barco que leva turistas perto do pé das enormes quedas d'água. Quem esperou para ir no dia seguinte não enfrentou fila para fazer o passeio, que é deslumbrante, mas perde para a beleza das Cataratas do Iguaçú. O número de quedas, o volume de águas e a vegetação densa das quedas na fronteira entre Brasil e Argentina ganham de 7 a 1.