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Para PT, ao declarar voto em Bolsonaro, Dallagnol enfraquece Lava Jato
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A cúpula do PT avaliou como positiva a declaração de voto em Jair Bolsonaro dada pelo ex-procurador da República Deltan Dallagnol, que coordenou a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. O ex-procurador, agora pré-candidato a deputado federal pelo Paraná, disse que votaria em Bolsonaro num eventual segundo turno entre o presidente e o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
No entender do PT, a declaração de Dallagnol reforça o argumento de que a Lava Jato tinha objetivo político e de que Lula foi perseguido por Curitiba. Os petistas acreditam que o ex-procurador enfraquece a Lava Jato e dá prova da parcialidade da operação. Com a prisão de Lula, ele ficou fora da disputa de 2018, vencida por Bolsonaro. O petista liderava as pesquisas.
A Vaza Jato revelou mensagens que mostravam, já em 2018, a preferência de procuradores da Lava Jato pela vitória de Bolsonaro contra o então candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad. Sergio Moro deixou o cargo de juiz para ser ministro do novo governo. Agora, Dallagnol reitera sua preferência diante do governo real de Bolsonaro.
Para o PT, o ex-procurador ajuda a carimbar Lava Jato como uma operação política e afinada com a extrema-direita.
Efeito Datena
Lula ainda acredita que poderá convencer Márcio França a desistir da pré-candidatura ao governo paulista e apoiar Haddad. Na sexta, Lula e França conversaram. O ex-presidente ofereceu a vaga de candidato a senador a França, que teria apoio do PT.
No entanto, o "efeito Datena" assusta França. O ex-governador avalia que o apresentador de TV José Luiz Datena (PSC) teria mais chance de conquistar a vaga ao Senado se saísse candidato. Lula voltará a insistir no tema.
As convenções partidárias que oficializam as candidaturas devem acontecer entre 20 de julho e 5 de agosto. Ainda há tempo para uma nova investida. Esses assuntos foram tema do "Radar das Eleições" desta semana.
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