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Kennedy Alencar

OPINIÃO

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Ficou mais difícil, mas Lula ainda pode sonhar com vitória no 1º turno

O ex-presidente continua na liderança, de acordo com a última pesquisa Datafolha sobre intenção de votos na disputa pelo Planalto - 17.ago.2022 - Divulgação/Ricardo Stuckert
O ex-presidente continua na liderança, de acordo com a última pesquisa Datafolha sobre intenção de votos na disputa pelo Planalto Imagem: 17.ago.2022 - Divulgação/Ricardo Stuckert

Colunista do UOL

18/08/2022 19h19Atualizada em 18/08/2022 19h58

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Ficou mais difícil levar na primeira rodada da eleição, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece na última pesquisa Datafolha com 51% dos votos válidos, ainda pode sonhar com uma vitória no primeiro turno.

A depender da dinâmica de campanha, Lula pode conseguir votos suficientes para vitória apertada, porque há menos candidatos, e o presidente Jair Bolsonaro não consegue crescer de forma que possa, no cenário de hoje, fazê-lo vencer a eleição presidencial.

Apesar da montanha de benesses que Bolsonaro dá no período eleitoral, ele avança pouco nas pesquisas nas simulações de primeiro e segundo turno. O Datafolha e o Ipec mostraram que Bolsonaro parece ter um teto de votos insuficiente para se reeleger.

Na pesquisa Ipec, divulgada na segunda-feira, Lula teria 51% contra 35% de Bolsonaro no segundo turno. Segundo o Datafolha, o petista bateria o atual presidente por 54% a 37%.

No horário eleitoral gratuito, a campanha petista pretende atacar Bolsonaro para tentar manter a rejeição do presidente num patamar que inviabilize uma reação que possa levá-lo à vitória. No PT, avalia-se hoje que o cenário mais provável é de enfrentar um segundo turno, mas não se descarta uma vitória na primeira etapa se a estratégia de voto útil render mais alguns votos.

Dinâmica de campanha: No Datafolha, Lula tem mantido consistência nas pesquisas que simularam o primeiro turno. O ex-presidente obteve 48% no fim de maio e repetiu a marca de 47% nas últimas três pesquisas do Datafolha (realizadas no fim de junho e julho e em meados de agosto).

Se Lula se segurar nesse patamar, a vitória em primeiro turno dependerá do desempenho da campanha petista na propaganda no rádio e na TV, no embate duro que se faz contra o bolsonarismo nas redes sociais (narrativa sobre Auxílio Emergencial e disputa do segmento evangélico) e na força do movimento pelo voto útil na reta final (apoiadores de Ciro Gomes, por exemplo, devem ser decisivos para a eleição presidencial acabar em 2 ou em 23 de outubro).