Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Corrupção de prioridades é uma das mais graves
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Na Live UOL desta sexta-feira (08), falei sobre o senador Marcos do Val (Podemos-ES), que afirmou ter recebido R$ 50 milhões em emendas parlamentares. O valor teria sido um sinal de "gratidão" por ter apoiado a eleição do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 2021.
Depois da divulgação da entrevista, concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, o senador disse que foi mal interpretado e ressaltou que não houve negociação de recursos em troca de votos.
Consideradas por especialistas menos transparentes e mais difíceis de ser rastreadas, as emendas fazem parte do chamado orçamento secreto e são liberadas para parlamentares com base em acertos informais dentro do Congresso.
O caso revela como esse tipo de corrupção — quando o dinheiro não vai diretamente para o bolso — é tratado com naturalidade dentro da política brasileira e remete ao termo "corrupção de prioridades", cunhado há anos pelo ex-senador Cristovam Buarque.
Esse tipo de corrupção não põe dinheiro no bolso de nenhum político, mas tira dinheiro de uma obra prioritária, que serve ao povo e que vai beneficiar o futuro, para uma obra prioritária do presente e o benefício de poucos.
Na edição da Live UOL de hoje falamos também sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que militares têm o compromisso de se preparar para a possibilidade de agressões internas e que não se pode comungar com traição; sobre os atentados recorrentes, como a bomba jogada no evento de Lula, no Rio, que estão sendo subestimados, dando espaço para mais violência; e sobre o deputado André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Rio, que foi filmado durante briga em um bar.
Ao lado de Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.
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