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Madeleine Lacsko

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Caso Frota mostra a fragilidade da autoridade de Lula; Marina que se cuide

Colunista do UOL

26/11/2022 11h19

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Na Live UOL desta sexta-feira (25), comentei a saída do deputado federal Alexandre Frota (PROS-SP) da equipe de transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Frota, que havia sido anunciado como membro da equipe de Cultura, alegou ter sido alvo de preconceito. Pelas redes sociais, o deputado disse ter recebido "ataques covardes e preconceituosos" contra ele e sua família, e afirmou que "o preconceito está na transição que fala em um País plural".

"O preconceito está na cabeça deles que falam da diversidade, de oportunidades pra todos, de respeito as diferenças, sem julgamentos (não é bem assim)", escreveu Frota. Ele havia sido anunciado como membro da equipe na terça-feira (22) pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

A saída de Frota revela a fragilidade da autonomia do presidente eleito. Mostra que Lula não é mais o dono da bola e não consegue nem escolher quem ele quer como integrante de sua própria equipe.

Como o bolsonarismo mostrou, radicais se estabelecem aos poucos e ganham o domínio mesmo sendo minoria. Exatamente como os luloafetivos, capazes de se virar até mesmo contra seu próprio mestre se não tiverem suas vontades feitas. O eixo central da vida desses grupos é a eterna busca pela pureza, feita de expurgo com base em pautas morais, por meio de ataques.

Antes de Frota, parte do fogo amigo —muito presente na transição— já havia alcançado Simone Tebet (MDB-MS) —rejeitada por outros integrantes como possível nome um dos futuros ministérios. Marina Silva (Rede-SP) deveria tomar cuidado, já que pode ser a próxima da fila.

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