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Madeleine Lacsko

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Ao agradar centrão e PT, Lula perde a chance de ter ministério perfeito

Colunista do UOL

22/12/2022 20h27

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Na Live UOL, desta quinta-feira (22), falei sobre o anúncio feito pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de mais 16 ministros do futuro governo.

Os novos nomes foram divulgados no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, local de trabalho da equipe de transição.

"Nós estamos tentando fazer um governo que represente, no máximo que a gente puder, as forças políticas que participaram conosco da campanha", afirmou Lula na apresentação.

Ao se dirigir aos futuros ministros, o presidente eleito afirmou que eles precisarão contemplar em suas pastas a "pluralidade" da população brasileira e que para os próximos ministérios a ser anunciados serão chamadas pessoas que "ousaram colocar a cara e enfrentar o fascismo que estava espraiado" no país".

No total, o próximo governo deve contar com 37 ministérios e os nomes dos comandantes das pastas que restam devem ser anunciados até a próxima terça-feira (27).

A cada anúncio, fica mais difícil de se entender a mistureba que está sendo feita, mas ao mesmo tempo, mais clara a constatação de que Lula perdeu uma oportunidade que poucos presidentes do mundo têm.

Com todas as forças que conseguiu reunir em sua campanha, o petista poderia ter criado —tecnicamente, em criatividade e inovação— o melhor ministério da história do Brasil. Mas a chance foi jogada fora com a decisão do presidente eleito de agradar apenas o PT e o centrão.

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