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Madeleine Lacsko

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Autoridades também precisam ser investigadas por atos em Brasília

Colunista do UOL

29/12/2022 18h01

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Na Live UOL desta quinta-feira (29), falei sobre as primeiras prisões de bolsonaristas suspeitos de participação em atos de vandalismo, em Brasília.

Além de tentar invadir a sede da PF (Polícia Federal), no último dia 12, o grupo provocou depredações e incendiou carros e ônibus. Os ataques ocorreram após a prisão de um líder indígena bolsonarista, por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As primeiras prisões foram realizadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e são resultado de inquéritos abertos pela PF e pela Polícia Civil do Distrito Federal.

A operação ocorre, além do DF, em mais sete estados: Pará, Tocantins, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso. A ação batizada de Nero —uma referência ao imperador acusado de incendiar Roma— pretende cumprir um total de 11 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão.

Tanto a PF quanto a Polícia Civil confirmaram a relação dos envolvidos nos atos antidemocráticos com o acampamento de bolsonaristas em frente ao QG do Exército, em Brasília —grupo aliás que, como tudo indica, será abandonado por Jair Bolsonaro (PL) com a fuga dele para a Disney.

Apesar da importância da prisão dos primeiros suspeitos —alguns deles acusados de possuir explosivos— é uma aberração que nenhuma autoridade responsável pela segurança de Brasília esteja sendo, até agora, investigada e que não haja representantes dela entre os detidos.

Quem conhece a cidade sabe que não há rotas de fuga e, portanto, nenhuma justificativa aceitável para que os responsáveis pelos atos não tenham sido presos durante ou logo depois das cenas de caos e vandalismo.

Perto de tudo o que se viu, o rescaldo que está sendo feito está dando conta de pouca coisa.

Com Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 16h às 17h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter. Com horários especiais de fim de ano, na próxima semana, a live será transmitida apenas na terça e na quinta-feira, voltando ao ar todos os dias, a partir de 9 de janeiro.