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Madeleine Lacsko

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Relatório da intervenção no DF complica a vida de Anderson Torres

Colunista do UOL

27/01/2023 18h24

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Na Live UOL, desta sexta-feira (27), comentei o relatório sobre os atos golpistas, divulgado pelo interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli.

De acordo com o documento, está claro que houve "falha operacional" das forças de segurança durante os ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.

Segundo Cappelli, o relatório da Secretaria de Segurança Pública do DF, datado de 6 de janeiro, foi entregue ao gabinete do então secretário Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL).

O documento já indicaria que a manifestação golpista era convocada com o objetivo de "tomada do poder", mediante ameaça concreta de invasão de prédios públicos.

O relato das forças de segurança aponta também que o acampamento montado em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano em Brasília, durante meses, serviu como base para os atos antidemocráticos e se tornou uma "minicidade" golpista.

Com o documento, agora sim, temos algo muito mais substancial do que a minuta encontrada na residência do ex-ministro. Um elemento que faz parte do conjunto probatório, mas que sozinho não é prova de nada.

O relatório divulgado pelo interventor não deve fazer tanto sucesso nas redes sociais —já que demanda tempo de leitura e análise— mas complica e muito a vida de Anderson Torres que, como agora está documentado, não realizou a função que deveria enquanto secretário. A omissão foi definitiva para que a ação dos grupos pudesse ter sucesso.

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