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Relatório da intervenção no DF complica a vida de Anderson Torres
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Na Live UOL, desta sexta-feira (27), comentei o relatório sobre os atos golpistas, divulgado pelo interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli.
De acordo com o documento, está claro que houve "falha operacional" das forças de segurança durante os ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Segundo Cappelli, o relatório da Secretaria de Segurança Pública do DF, datado de 6 de janeiro, foi entregue ao gabinete do então secretário Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL).
O documento já indicaria que a manifestação golpista era convocada com o objetivo de "tomada do poder", mediante ameaça concreta de invasão de prédios públicos.
O relato das forças de segurança aponta também que o acampamento montado em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano em Brasília, durante meses, serviu como base para os atos antidemocráticos e se tornou uma "minicidade" golpista.
Com o documento, agora sim, temos algo muito mais substancial do que a minuta encontrada na residência do ex-ministro. Um elemento que faz parte do conjunto probatório, mas que sozinho não é prova de nada.
O relatório divulgado pelo interventor não deve fazer tanto sucesso nas redes sociais —já que demanda tempo de leitura e análise— mas complica e muito a vida de Anderson Torres que, como agora está documentado, não realizou a função que deveria enquanto secretário. A omissão foi definitiva para que a ação dos grupos pudesse ter sucesso.
Com Felipe Moura Brasil, debato os principais assuntos do país diariamente, das 16h às 17h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.
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