Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
CPI chega ao clímax com relatos de dramas reais de parentes das vítimas
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Em paralelo à gravidade dos assuntos que tratou, a CPI da Covid ofereceu grandes momentos ao espectador ao longo de quase seis meses. Revelações surpreendentes, discussões acaloradas, vexames antológicos, grandes discursos, jogos de cena - teve de tudo.
Pensando, como já escrevi, que se trata de um evento de alto potencial midiático, ela não decepcionou. Quem colou diante da tela, usufruiu instantes de suspense, tensão, raiva e, também, de alívio cômico e gargalhadas.
Nesta segunda-feira (18), ao abrir espaço para alguns parentes de vítimas da pandemia falarem livremente, sem interrupção, a investigação ganhou uma dramaticidade extraordinária. Foi um momento de exposição de dores visíveis - e não relatadas por intermediários. Histórias palpáveis, dramas reais, tragédia desenhada - tudo que dá veracidade ao drama.
Ao final, para coroar o clima, o senador Randolfe Rodrigues (Rede), exibiu um clipe da música "Aos Nossos Filhos", de Ivan Lins, autorizado pelo próprio, segundo o vice-presidente da CPI. A letra traz versos que parecem ter sido escritos hoje: "Perdoem a falta de folhas / Perdoem a falta de ar / Perdoem a falta de escolha / Os dias eram assim."
Se a comissão de inquérito fosse uma série de TV, o episódio desta segunda-feira (18) certamente seria o escolhido para representá-la nas disputas de prêmios. Foi o que os roteiristas chamam de clímax.
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