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Após alta histórica no governo Trump, audiência da CNN americana despenca
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Após um 2020 glorioso, seguido de um janeiro de 2021 histórico, quando alcançou o primeiro lugar entre os canais de notícias 24 horas, a CNN chega ao final do ano em terceiro lugar, atrás da Fox News e da MSNBC. O tombo do canal está chamando a atenção de analistas de mídia nos Estados Unidos, que especulam sobre as possíveis razões.
Na semana passada, segundo o site The Daily Beast, a CNN teve uma média de 585 mil espectadores no horário nobre, o que deixou o canal em 17º lugar entre todos os canais básicos da TV por assinatura.
O impulso da audiência da CNN em 2020 deve-se, em especial, a dois assuntos: a cobertura da pandemia e das eleições americanas. Os números que já estavam altos explodiram em janeiro de 2021, por culpa da resistência do então presidente Donald Trump em aceitar a derrota eleitoral, seguida da invasão do Capitólio, no dia 6, e da posse de Joe Biden, no dia 20.
Naquele mês, a CNN se tornou o canal de notícias mais visto na TV americana e ajudou a empurrar a Fox, seu maior rival, para o terceiro lugar, atrás também da MSNBC. Em menos de um ano, a situação se inverteu.
O ano de 2020 foi bom para todos os canais, mas para a CNN foi melhor ainda. A audiência geral do canal entre o público de 25 a 54 anos, o mais valorizado pelo mercado, cresceu 90%, em comparação aos 33% da MSNBC e 46% da Fox News. No horário nobre, dentro deste mesmo segmento, a audiência da CNN cresceu 102%.
A queda da audiência foi geral entre os canais de notícias em 2021, mas a perda da CNN foi maior. Em poucos meses, a Fox News recuperou seu lugar no topo do ranking.
A explicação mais óbvia para a queda geral seria o ano relativamente tranquilo da presidência de Biden, na comparação com o caos permanente do governo Trump. O fato de a Fox News ter voltado a se posicionar como um canal de oposição ao governo pode ter ajudado na sua retomada da liderança.
No caso da CNN, outros fatores também podem ter pesado para a queda. Dois escândalos envolvendo nomes do canal são citados como eventuais causas de impacto negativo na audiência.
Primeiro, a decisão de trazer de volta o analista jurídico Jeffrey Toobin, desligado no final de 2020 após ser flagrado se masturbando durante uma reunião por videoconferência. Após oito meses afastado, Toobin voltou em junho deste ano por decisão do chefão do canal, Jeff Zucker.
E, mais grave, o apresentador Chris Cuomo foi demitido agora em dezembro, após meses de polêmica, por ter aconselhado privadamente seu irmão, o ex-governador de Nova York Andrew Cuomo, durante o escândalo de assédio sexual que o levou a renunciar.
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