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JN não dá palco a Bolsonaro, mas vê risco de ruptura institucional em fala
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O Jornal Nacional não mostrou nenhuma imagem ou áudio da apresentação do presidente Jair Bolsonaro (PL) a dezenas de embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (18). Durante o encontro, ele repetiu teorias da conspiração sobre urnas eletrônicas, desacreditou o sistema eleitoral, promoveu novas ameaças golpistas e atacou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
O encontro foi transmitido pela TV Brasil, uma emissora pública, a menos de 80 dias das eleições.
Por quatro minutos, os apresentadores Hélter Duarte e Ana Luiza Guimarães leram um relato dos acontecimentos, incluindo a repercussão, com as respostas do STF, de quatro pré-candidatos à presidência e do presidente do Senado.
Num raro momento opinativo, lido por Duarte, o JN caracterizou uma das falas do presidente como golpista: "Bolsonaro chegou a dizer que considera que as eleições de 2020 não poderiam ter acontecido sem o que chamou de 'apuração total do que aconteceu lá dentro'. Desde a redemocratização do país, nenhuma eleição foi suspensa, o que seria uma grave ruptura institucional (aqui a íntegra do texto)."
Não é a primeira vez que o JN adota a estratégia de ignorar a imagem do presidente. O telejornal deve considerar que mostrar a fala presidencial reproduzindo fake news, como faz, por exemplo, o "Jornal da Record", tem um efeito promocional para Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, o telejornal da Record reproduziu cerca de dois minutos de falas de Bolsonaro durante a reunião com os diplomatas estrangeiros. As duas reportagens do Jornal da Record sobre o assunto totalizaram seis minutos, dois a mais que o JN.
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