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Debate com formato moderno funciona bem na Band e ajuda a evitar baixaria
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O primeiro debate entre os candidatos ao governo de São Paulo no segundo turno foi marcado pelo clima civilizado entre os candidatos Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).
A Band adotou duas regras ainda pouco utilizadas em debates no Brasil, que funcionaram muito bem e ajudaram a manter um ambiente saudável durante o evento.
A primeira foi o uso do "banco de tempo", testada em 2018 num debate promovido pela UOL e a Folha. Em dois blocos, cada candidato dispõe de 15 minutos para usar como quiser, enquanto pergunta e responde ao seu oponente. Isso obrigou tanto Tarcísio quanto Haddad a medirem as suas falas e refletirem sobre como provocar o rival, além de evitar bate-bocas.
A segunda regra foi a possibilidade de os candidatos andarem pelo estúdio enquanto respondiam. A Globo já testou esta modalidade em debates presidenciais no segundo turno. Essa regra quebra um pouco a rigidez e a tensão do "duelo". Por outro lado, ao se dirigirem para as câmeras e darem as costas ao oponente, tanto Haddad quanto Tarcísio pareciam estar falando sozinhos, e não dialogando.
O "banco de tempo" foi usado em dois blocos. No segundo, mais adaptados, Haddad e Tarcísio andaram pelo palco, mas evitaram ficar de costas um para o outro.
Uma curiosidade sobre o primeiro bloco foi a "nacionalização" do debate. Os dois candidatos falaram mais de Bolsonaro e Lula do que de São Paulo. Deu a impressão de que Tarcísio e Haddad estavam ali representando os seus "chefes".
Numa tirada irônica, para lembrar que Tarcísio é do Rio, Haddad falou que a merenda nas escolas de São Paulo hoje se resume a bolacha e suco. "Ou biscoito, como vocês chamam lá no Rio de Janeiro".
Ao final, o apresentador Rodolfo Schneider elogiou os dois candidatos pelo "belo exemplo" que deram. Tarcísio e Haddad se cumprimentaram enquanto corriam os créditos finais.
A lamentar que a Band tenha iniciado o debate às 22h de uma segunda-feira (10). Um horário péssimo para um evento deste tipo, cansativo por sua própria natureza.
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