Eleitor desiste de Datena; PSDB usa candidatura para ressuscitar sigla
Pesquisas internas de campanhas adversárias mostram que o eleitor já entende que o apresentador José Luiz Datena (PSDB) desistiu da disputa.
Na sua primeira eleição, o apresentador declarou que preferia não ter entrado na corrida eleitoral, demonstrando falta de confiança na própria vitória, além de criticar seu partido, o PSDB, sistematicamente.
O levantamento capta o sentimento dos eleitores expressados nas redes sociais. Nesse contexto, foram identificadas reações negativas a esse comportamento e questionamentos sobre se Datena achava que estava concorrendo para síndico de prédio.
No sábado, o apresentador atingiu a maior rejeição entre todos os candidatos. As menções negativas a ele nas redes sociais chegaram a 79% no 7 de setembro, conforme dados aos quais tive acesso.
A campanha de Datena diz que essa rejeição não está nas ruas. Por ter vindo de um programa popular na TV, ele encontra mais receptividade do que os políticos profissionais, com as pessoas lhe pedindo fotos e parando para conversar.
O grupo de Datena alega que só tem R$ 8 milhões de fundo eleitoral e 30 segundos de TV, o que prejudica sua competitividade.
Foco do partido é disputa presidencial de 2026
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, disse à coluna que a candidatura de Datena ajuda o partido a se reerguer em São Paulo e tem cumprido esse objetivo com êxito.
A sigla perdeu três ex-governadores - Geraldo Alckmin (vice-presidente da República); João Doria e Rodrigo Garcia; além de vários prefeitos numa ação do PSD, de Gilberto Kassab, homem forte do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Agora, tenta eleger 712 candidatos à prefeitura, 760 vice-prefeitos e 20 mil vereadores em todo país.
O PSDB também deve anunciar a chegada do PDT e do Solidariedade à federação que tem hoje com o Cidadania já visando a eleição nacional de 2026.
Perillo diz que o foco é lançar Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, para a presidência da República e ampliar a base desses partidos no Congresso. Quanto mais deputado federal um partido eleger, mais dinheiro de fundo partidário ele ganha.
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