Raquel Landim

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Opinião

Democratas se unem em torno de Kamala e disputam a indicação de vice

Os democratas aderiram com rapidez a intenção de Kamala Harris de garantir a indicação do partido para concorrer à Presidência dos Estados Unidos.

Com a hesitação de Joe Biden em deixar a disputa, a união em torno do nome da vice-presidente tornou-se a única chance de tentar derrotar o republicano Donald Trump. As eleições estão marcadas para 5 de novembro.

Levantamento do NYTimes mostra que 23 governadores, 41 senadores e 186 congressistas democratas estão apoiando Kamala. Em percentuais de políticos democratas, esses números representam, respectivamente, 100%, 87% e 87%.

Logo a convenção democrata será apenas um momento de consagração da candidata. Seu nome já está, na prática, escolhido. Até porque Kamala acessou os fundos de campanha de Biden, está recebendo milhões de dólares em doações e até o logo da campanha mudou.

Os estrategistas políticos vão se dedicar agora a criação de fatos novos para tentar manter os eleitores motivados, como o apoio do ex-presidente Barack Obama, que ainda não veio, mas certamente virá. Jovem e popular entre os democratas, Obama é um ativo importante para a campanha.

A disputa hoje dentro do partido, portanto, é pela indicação de vice-presidente, explicaram à coluna analistas políticos sediados em Washington.

Kamala precisa de um vice-presidente que seja quase que a antítese dela mesma, a não ser, claro, em valores éticos. Ou seja, um homem, branco, de preferência de um dos "swing states", estados pêndulo, que decidem a disputa no colégio eleitoral dos Estados Unidos.

Por conta disso, despontam nomes como os governadores Josh Shapiro, da Pensilvânia, Roy Cooper, da Carolina do Norte, ou Mark Kelly, do Arizona. Shapiro é o mais cotado, já que, diz a máxima, quem vence na Pensilvânia, vence a eleição.

A missão do vice vai ser garantir pelo menos um desses estados para os democratas. Ainda assim, a missão de Kamala não é fácil.

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Pesquisa divulgada na semana passada pelo The Times/SAY24, quando Biden ainda era o candidato, indicava Trump liderando em sete dos principais "swing states": Arizona, Georgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.

A saída de Biden da disputa pode ter trazido o "momento político" para a campanha democrata depois do tiro que quase matou Trump, mas a vantagem ainda é do republicano.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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