Bolsonaristas pressionam para Marçal esclarecer posição sobre Moraes no 7/9
Políticos bolsonaristas estão incomodados com a indefinição do candidato do PRTB, Pablo Marçal, sobre o pedido do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
O candidato promete ser uma das "estrelas" do evento marcado pela direita para o 7 de setembro na Avenida Paulista.
Alguns chegam a defender que ele discurse no evento para esclarecer de vez qual é a sua posição sobre as reclamações contra o ministro. Os organizadores, no entanto, informam que os candidatos a prefeito vão subir no carro de som, mas não devem falar.
Marçal, Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (Novo) confirmaram presença.
Diferente do evento da direita que ocorreu em 25 de fevereiro, que foi comedido nas críticas ao Judiciário, o ato marcado para o próximo sábado deve atacar duramente Moraes.
Segundo apurou a coluna, estão previstos cartazes contra o ministro e um boneco inflável. Com exceção de Bolsonaro, os políticos que vão discursar também devem atacar Moraes.
O mote são as denúncias publicadas pela Folha de S.Paulo de que assessores de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e STF (Supremo Tribunal Federal) trocavam informações entre si para produzir relatórios que depois eram utilizados como provas contra políticos bolsonaristas.
A suspensão do X no Brasil também deve entrar na pauta.
Marçal conquistou o apoio da extrema direita, roubando um espaço que pertencia a Nunes, mas suas tergiversações sobre temas que envolvem Moraes começaram a incomodar os novos aliados.
Segundo apurou a coluna, uma declaração do candidato ao programa Roda Viva provocou mal-estar. Questionado pela colunista de O Globo, Malu Gaspar, sobre sua posição a respeito do impeachment de Moraes, Marçal respondeu que era um "assunto do Senado".
"Eu já estou arrumando problema com governador de estado, com prefeito da cidade, com o presidente da República. Vou arrumar com o STF? Isso não é briga minha agora", afirmou.
O portal Metrópoles obteve um áudio em que Leonardo Avalanche, presidente do partido de Marçal, afirma que teve o apoio do ex-presidente Michel Temer, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e de Moraes para obter o controle do partido. Avalanche é o fiador da candidatura de Marçal.
Nunes tampouco é bem-vindo ao ato do 7/9. Ele afirmou nesta semana que vai ao evento, mas que é contra o impeachment de Moraes. Organizadores do ato ouvidos pela coluna dizem que, neste caso, ele nem deveria ir, porque é contra a razão da manifestação.
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