Raquel Landim

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Pedro Paulo diz a aliados que é vítima e segue cotado para vice de Paes

O deputado federal Pedro Paulo (PSD) disse a aliados que é a "verdadeira vítima" do episódio do suposto vídeo íntimo que vem circulando no meio político carioca.

Interlocutores dele afirmaram à coluna que Pedro Paulo teria sido chantageado por uma mulher que gravou uma vídeochamada erótica e depois o procurou em busca de cargos, mas não foi atendida.

Segundo pessoas próximas ao deputado, ele teve a "intimidade invadida" e que, "se fosse uma mulher, estaria sendo defendido com base na lei Carolina Dieckmann".

Em 2011, a atriz Carolina Dieckmann teve seu computador hackeado e 36 fotos foram vazadas. Antes de publicar as imagens, os criminosos tentaram extorqui-la.

Essa versão foi endossada nesta quarta-feira (24) pela esposa de Pedro Paulo, a atriz Tati Infante, que, num post nas redes sociais, defendeu que ele volte atrás e aceite ser vice do prefeito Eduardo Paes (PSD) na campanha.

"Acho uma besteira ele desistir de ser vice por conta de um episódio que aconteceu em 2020, período que estávamos separados, numa crise. Ele caiu numa armadilha, numa armação", afirmou Infante.

Fontes próximas à campanha de Eduardo Paes acreditam que o deputado se antecipou a uma possível divulgação do vídeo e que ele segue cotado para ser vice do prefeito. Paes ainda não anunciou sua decisão.

O cargo de vice é cobiçado também por PT, PSB e PDT. Paes lidera as pesquisas com 53% das intenções de voto no último Datafolha. Se for reeleito e se candidatar a governador em 2026, pode deixar a prefeitura do Rio nas mãos do vice.

O deputado Pedro Paulo já esteve envolvido em outras polêmicas, como a acusação de que teria agredido sua ex-mulher. Ele nega.

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O caso veio à tona em 2015, quando sua ex-esposa Alexandra Teixeira prestou queixa e disse ter sido agredida com socos e chutes dentro da residência do casal durante uma discussão.

Ela posteriormente recuou na sua acusação, atribuindo a dificuldades no processo de divórcio. O inquérito terminou arquivado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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