Raquel Landim

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Campanha de Nunes diz que Marçal confunde eleitores de Bolsonaro nas redes

A campanha à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) acredita que Pablo Marçal (PRTB) está confundindo de propósito os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) e os induzindo a acreditar que Marçal é o candidato apoiado pelo ex-presidente.

Nas redes sociais, Marçal costuma publicar notas de solidariedade a Bolsonaro e também postagens contra a Venezuela, as drogas e outras bandeiras importantes para a direita alinhada ao bolsonarismo.

Pesquisas apontam que parte dos eleitores ainda não sabe que Nunes é o candidato de Bolsonaro, apesar do esforço feito na convenção de lançamento da candidatura do prefeito, da qual o próprio ex-presidente participou.

A campanha, no entanto, não pode expor tanto Bolsonaro, dada sua rejeição por outra parcela de eleitores na capital.

Pesquisa Datafolha mostra que Marçal segue avançando entre os eleitores de Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2022, uma tendência que aliados de Nunes consideravam que haviam estancado depois da escolha do coronel Mello Araújo para a vice.

Marçal conquista, até agora, 29% das preferências entre os que escolheram o ex-presidente em 2022, ante 22% no levantamento anterior, de julho. Ele também chega a 25% das intenções de voto entre os que elegeram o governador, ante 19% registrados no mês passado.

Estrategistas de Nunes acreditam que, à medida que fique mais claro um suposto envolvimento de Marçal com o PCC (Primeiro Comando da Capital), a tendência de migração de votos bolsonaristas se reverterá. Essa fatia do eleitorado é muito sensível ao envolvimento com a criminalidade.

Semanas atrás, Marçal visitou uma associação comunitária em Paraisópolis, na zona sul paulistana, e foi fotografo ao lado do irmão de um líder do PCC.

O candidato esteve com Valquito Soares da Silva, irmão de Francisco Antonio Cesário Soares, o Piauí, apontado pela Polícia Civil como líder da facção criminosa em Paraisópolis. A foto dos dois foi publicada nas redes sociais.

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A Folha de S.Paulo também revelou um áudio em que Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, diz a um interlocutor que tem ligações com o PCC e cita nominalmente Piauí. Avalanche disse ao jornal não reconhecer a própria voz.

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