Suzane von Richthofen quer morar em sítio e pede regime aberto à Justiça
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Suzane von Richthofen, condenada inicialmente a uma pena de 39 anos, pediu à Justiça para passar para o regime aberto.
A solicitação foi feita no dia 28 de maio e deverá ser analisada nos próximos dias pela 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
Suzane é a responsável por um dos crimes mais chocantes da história do país. No dia 31 de outubro de 2002, aos 18 anos, a então estudante de direito da PUC-SP abriu porta da casa da família no Brooklin, em São Paulo, para que o namorado e o irmão dele assassinassem a pauladas os seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen.
Presa em novembro de 2002, Suzane está desde 2015 no regime semi-aberto, no qual a execução da pena é realizada em colônias agrícolas, industriais ou em estabelecimentos similares. O condenado tem direito de trabalhar e frequentar cursos profissionalizantes, de 2º grau ou superior durante o dia, regressando à noite para sua unidade.
Suzane está na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrasia Pelletierde, em Tremembé, desde 2 de fevereiro de 2017. Aprovada no Enem, aguarda autorização judicial para cursar faculdade de gestão em turismo. O regime semi-aberto dá direito também às saídas temporárias em determinadas datas. Suzane já usufruiu 19 vezes do benefício.
No regime aberto, de semiliberdade, a execução da pena ocorre em casas de albergado, que é um presídio de segurança mínima. O condenado, que precisa obrigatoriamente trabalhar, fica no local apenas durante à noite e nos finais de semana. Quando não há vaga nas casas de albergado, que são poucas no país, o preso pode ficar em prisão domiciliar.
Já prevendo essa situação, Suzane declarou à Justiça que pretende residir com seu companheiro, Rogério Olberg, com quem mantém uma relação de união estável desde março de 2017, num sítio na cidade de Angatuba, localizada a cerca 200 km de São Paulo.
Suzane pediu à Justiça que a solicitação fosse analisada sob segredo de justiça para "evitar o assédio da mídia". Ainda não houve decisão.
Chamado a opinar sobre o regime aberto, o promotor Paulo José de Palma defendeu que Suzane não merece a progressão da pena. Disse que ela não conseguiu comprovar reunir condições para usufruir do regime mais brando e que teme que ela possa colocar "a coletividade em risco".
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