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Rogério Gentile

REPORTAGEM

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Oscar Maroni diz que parou de pagar Sabesp por culpa do coronavírus

06.set.2013 - O empresário e psicólogo Oscar Maroni  - Rodrigo Capote/UOL
06.set.2013 - O empresário e psicólogo Oscar Maroni Imagem: Rodrigo Capote/UOL

Colunista do UOL

30/09/2021 15h09

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O empresário Oscar Maroni, que teve três imóveis penhorados pela Justiça por conta de uma dívida de R$ 639 mil com a Sabesp, afirma que a culpa é da pandemia do coronavírus.

"Havia feito um acordo com a Sabesp para honrar a dívida, mas parei de fazer os pagamentos com o início da pandemia", diz o dono do Bahamas Hotel Club, que define o lugar como um luxuoso ponto de encontro baseado na filosofia do hedonismo.

"Se não ganho, como posso pagar?" questiona Maroni. "O coronavírus transformou a vida de todo mundo em um caos", diz. "Eu tenho diabete, peguei corona. Teve noite que chorava em meu travesseiro. Agora que estou organizando a minha vida novamente, vem essa pancada."

Entre os imóveis penhorados estão um duplex na Vila Mariana, de 680,9 metros quadrados de área privativa e cinco vagas na garagem, um terreno em Indianópolis e uma fazenda na cidade de Araçatuba.

A penhora foi feita, segundo a decisão judicial, pois Maroni não pagou pelo serviço de coleta de esgoto do Oscar´s Hotel durante 24 meses, entre os anos de 2008 e 2010. O hotel fica ao lado do Bahamas, na zona sul de São Paulo.

O empresário alegou à Justiça que, como o hotel estava interditado pela prefeitura paulistana desde 2007, o serviço não havia sido usufruído. A Sabesp, no entanto, mostrou à Justiça que, mesmo com a interdição, dois funcionários do empresário moraram no local para realizar a manutenção do prédio e das jardineiras existentes em seus onze andares.

Maroni foi condenado e o processo transitou em julgado em 2017, ou seja, ele não pode mais recorrer. O empresário, no entanto, disse à coluna que vai questionar na Justiça o valor do cálculo atualizado da dívida (os R$ 639 mil), que inclui multa pelo atraso no pagamento, correção monetária, juros e os honorários dos advogados.

"Como pode uma dívida de R$ 140 mil virar R$ 639 mil?", questiona o empresário. "O Estado deveria apoiar a sociedade, e não enfiar um dedo no olho das pessoas."