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Rival dos anos 80 perde recurso em processo de R$ 1 milhão contra Gretchen
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O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a decisão de primeira instância que rejeitou o processo aberto pela cantora Sol contra Gretchen, sua rival dos anos 1980.
Sol exigia uma indenização de R$ 1 milhão de Gretchen por considerar ter sido ofendida pela "rainha do rebolado" no livro "Gretchen: Uma Biografia Quase Não Autorizada", escrito por Gerson Couto e Fabio Fabrício Fabretti, também alvos do processo.
A cantora, cujo verdadeiro nome é Sandra do Valle Reis, reclamou no processo de ter sido chamada em um dos diálogos reproduzidos no livro de "Barbie puta". Disse também que a biografia sugere ser uma pessoa "invejosa", "grossa" e mal vestida".
Sol, que se apresentava com visual sensual e voz doce, quase infantil, participou nos anos 80 de muitos programas de auditório, como os de Silvio Santos e Chacrinha.
As duas eram consideradas rivais justamente por atuarem de modo semelhante, cantando e dançando, sempre explorando a sensualidade.
Além da indenização, Sol queria a retirada do livro de circulação e que Gretchen fosse obrigada a publicar uma nota de retratação.
Na defesa apresentada à Justiça, Gretchen afirmou não ser a autora da obra e que apenas deu permissão para que os autores relatassem "sua história artística".
"Não tenho qualquer responsabilidade sobre as histórias de outras pessoas narradas no livro, tampouco sobre as fotos publicadas", afirmou à Justiça.
Ela disse ainda que cantora Sol citada na obra seria outra pessoa, que usaria o mesmo apelido, declaração que foi referendada pelos autores do livro. Ao se defenderem na Justiça, os escritores disseram ainda que a liberdade de expressão é um direito garantido pela Constituição.
O desembargador Alexandre Coelho, relator do processo no TJ, citou o interesse público despertado pela obra e disse que a biografia não extrapolou os limites do exercício da liberdade de expressão.
O magistrado afirmou que, ainda que o livro contenha menção ao nome e à imagem da cantora, não houve intenção de "vilipendiar" sua reputação, mas apenas trazer o relato da existência de rivalidade nos bastidores do mundo do espetáculo, sob a ótica da biografada.
"Ela [Sol] não é tratada no livro como prostituta, mas apenas há o relato das provocações de uma terceira cantora, pelas quais ela chamava a autora [do processo] de "Barbie puta", afirmou o desembargador
Sol ainda pode recorrer da decisão.
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