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Ex-Corinthians Cristian diz que perdeu R$ 26 milhões em golpes de parentes
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O atleta Cristian Mark Baroni, de 39 anos, disse à Justiça ter perdido pelo menos R$ 26 milhões em golpes praticados por familiares.
O jogador, que atuou no Corinthians, Flamengo e no Grêmio, entre outros clubes de futebol, afirmou que em 2012 assinou procurações em nome de familiares para que eles pudessem administrar seus bens, uma vez que estava morando no exterior - à época, jogava no Fenerbahçe, da Turquia.
De acordo com processos judiciais abertos pelo jogador, em 2018, já de volta ao Brasil, ele descobriu que os valores economizados durante a sua carreira não estavam mais nas suas contas bancárias.
Com as procurações, segundo o atleta disse à Justiça, os familiares fizeram saques, transferências e emitiram cheques, bem como deram imóveis em garantia de empréstimos bancários.
"O prejuízo inicialmente apurado corresponde a uma cifra, sem atualização monetária, de R$ 26.623.448,3", escreveu o perito Aparecido Azevedo Ferreira em laudo realizado em março de 2019 a pedido do jogador.
Nos processos, os advogados de Cristian afirmam que ele é uma "pessoa extremamente simples" e que "confiava" nos familiares.
O atleta afirma que, em 2017, começou a receber citações de ações judiciais de cobrança promovidas por bancos em decorrência de empréstimos contraídos pelos familiares em seu nome, sem o seu conhecimento.
Um dos familiares teria, inclusive, falsificado documentos e assinaturas.
Além da representação criminal, em investigação na polícia, o jogador abriu vários processos contra os familiares e instituições bancárias na tentativa de recuperar os valores e de anular as cobranças.
A defesa do atleta argumenta que o Código Civil impõe a nulidade de negócios jurídicos em virtude de estelionato e disse que não constavam das procurações poderes para que os familiares pudessem assumir responsabilidades como avalistas e fiadores, por exemplo.
Cristian já obteve uma vitória em um processo no qual a Justiça declarou como nulo um contrato de venda de um apartamento na cidade de Bauru, por R$ 350 mil.
Os familiares do atleta não apresentaram defesa nos processos aos quais a reportagem teve acesso.
A coluna não conseguiu localizar os familiares acusados pelo jogador.
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