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SBT é condenado por exibir foto de DJ como se fosse autor de feminicídio
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Em janeiro de 2022, o DJ Willian Renan Melo Ferreira começou a receber mensagens e telefonemas de amigos perguntando se havia sido preso pela polícia.
Sem entender o que estava ocorrendo, recebeu o link de uma reportagem na qual o SBT exibiu sua fotografia como se fosse o autor de um feminicídio que ocorrera no Rio Grande do Sul. Uma jovem havia sido morta de forma bárbara.
O DJ não tinha relação alguma com a história. Sua imagem foi exposta no telejornal SBT Brasil apenas porque seu nome é semelhante ao do acusado, que havia sido preso. O acusado, de acordo com o processo aberto contra a emissora, chama-se William Renan de Mello (sem o "Ferreira" do DJ).
Em petição enviada à Justiça, a advogada Carla Cristina Lopes, que representa o DJ, disse que ele passou a ser ameaçado nas redes sociais e que perdeu trabalhos por conta da reportagem. "O fato lhe causou danos psíquicos e emocionais."
O juiz Eduardo Giorgetti Peres condenou o SBT a pagar uma indenização de R$ 40 mil ao DJ. A emissora terá também, pela decisão, de exibir uma nota de retratação no programa SBT Brasil, no mesmo tamanho e pelo mesmo período da divulgação da notícia original.
O SBT disse à coluna que vai recorrer da decisão.
A defesa da emissora afirmou à Justiça não haver prova nos autos do processo de que a reportagem foi exibida na forma descrita pelo DJ.
Disse ainda que destruiu o arquivo da gravação quando recebeu uma ordem liminar para retirar o conteúdo do ar.
"O que não está nos autos [do processo] não está no mundo", afirmou à Justiça, ressaltando que cabe a quem acusa apresentar a prova.
O juiz disse na sentença que o SBT foi além do que havia sido determinado na liminar, destruindo a prova.
Ele destacou também que o DJ anexou imagens das redes sociais mostrando que sua foto foi, sim, relacionada ao crime pela emissora.
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