Rogério Gentile

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Reportagem

Dono da Polishop tem barcos e moto de luxo penhorados por dívida de aluguel

A Justiça paulista determinou a penhora de duas lanchas e uma moto Harley-Davidson, entre outros bens, do empresário João Appolinário, fundador e presidente da Polishop.

A medida foi tomada em um processo no qual a Marfim Empreendimentos Imobiliários cobra da Polishop uma dívida de R$ 351,7 mil referente ao aluguel de uma loja de 356 metros quadrados no shopping Tietê Plaza, em São Paulo.

Appolinário, que fundou a Polishop em 1995, é um dos apresentadores do programa "Shark Tank Brasil", da Sony Channel, um reality show no qual empreendedores pré-selecionados apresentam suas ideias de negócios para uma turma de investidores, os chamados "tubarões". O dono da Polishop é um desses "tubarões".

A decisão de penhorar os bens do empresário foi tomada antes de a Polishop entrar em recuperação judicial, mecanismo pelo qual a Justiça suspende ações de cobrança de uma empresa endividada e concede um prazo para que apresente um plano de pagamento, que precisa ser aprovado pelos credores em assembleia. Caso isso não aconteça, a Justiça pode decretar sua falência.

Empresa está em recuperação judicial

A Polishop entrou em recuperação judicial em razão de dívidas estimadas em R$ 352 milhões. A empresa afirma ter sido afetada pelo fechamento do comércio na pandemia do coronavírus e, em seguida, pela alta dos juros, que tornou o crédito mais caro.

Appolinário tentou reverter a penhora dos seus bens pessoais, argumentando que a Polishop iria entrar em recuperação judicial e que havia obtido uma medida judicial antecipatória que suspendia as ações de cobrança em curso.

"A decisão é clara, ou seja, determina a suspensão das ações em face da empresa e respectivos débitos envolvidos nesses feitos", afirmaram seus advogados à Justiça, ressaltando que a suspensão atinge também as execuções contra Appolinário.

O juiz Anderson Mendes, da 9ª Vara Civel do Foro de Santo Amaro, em São Paulo, rejeitou a alegação e manteve a penhora.

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Ele afirmou que a suspensão das execuções não atinge o sócio da empresa, que é fiador do contrato. O juiz determinou que Appolinário informe o endereço onde os bens estão guardados para que um perito possa avaliá-los.

Appolinário ainda pode recorrer.

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