Rogério Gentile

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Empresa aérea diz à Justiça que Simony agrediu funcionária; cantora nega

A Delta Air Lines disse à Justiça brasileira que a cantora Simony agrediu uma funcionária da empresa no aeroporto de Orlando, nos Estados Unidos, em fevereiro deste ano.

A acusação foi feita pela companhia área em um processo no qual a cantora cobra uma indenização de R$ 55,3 mil por ter sido barrada em um voo quando pretendia retornar ao Brasil com a família.

O episódio ocorreu no dia 9 de fevereiro.

Simony nega agressão

Simony disse no processo que, ao realizar os procedimentos de embarque, foi avisada pela funcionária que não poderia levar sua bagagem de mão, na qual carregava medicamentos decorrentes de um tratamento contra um câncer.

Em petição enviada à Justiça no dia 4 de junho, a Delta afirmou à Justiça que Simony começou a gritar ao ser informada que suas malas teriam de ser despachadas para o compartimento de bagagem do avião.

Segundo a empresa, a comissária explicou à cantora que ela estava com excesso de bagagem de mão, mas que poderia organizar seus medicamentos em uma única mala.

"Simony não apenas se recusou a atender às orientações, mas também teve comportamento agressivo com a funcionária, gritando, ofendendo-a e agredindo-a fisicamente", afirmou a empresa no processo.

A Delta anexou no processo o relato feito pela comissária em um documento interno. "A passageira levantou da cadeira de rodas e começou a gritar comigo, causando perturbação e começou a me culpar e me segurou pelo braço direito", afirmou no relato. "Pensei que ela e seu grupo iam me agredir, e me afastei porque precisava de ajuda. Chamei a polícia imediatamente, quando a passageira agarrou meu ombro, me empurrou em direção à parede, machucando meu ombro", declarou a funcionária.

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Simony, que ficou famosa com o grupo infantil Balão Mágico, formado em 1982, disse à Justiça que o relato é inverídico que jamais ocorreu a agressão. A advogada Jamila Gomes, que a representa, afirmou no processo que as câmeras do aeroporto podem provar que não houve agressão.

"Este episódio jamais ocorreu, pois não é da índole dos autores [Simony e familiares], até mesmo em razão de Simony estar, no presente momento, em tratamento contra o câncer", disse a advogada à Justiça. "Como é de conhecimento de todos, esta patologia deixa os seus pacientes mais introvertidos, cansados em razão da medicação e, por vezes, debilitados, motivo pelo qual a empresa exigiu que ela ingressasse na área de embarque fazendo uso de cadeira de rodas", declarou a advogada.

Segundo a advogada, não houve qualquer justificativa plausível para a família ter seu embarque negado. Ela disse que Simony acabou sendo obrigada a permanecer com a família nos Estados Unidos, sem qualquer respaldo da companhia aérea e que teve de comprar novas passagens para retornar ao Brasil.

O processo ainda não foi julgado.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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