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Tales Faria

MDB decide priorizar reforma tributária da Câmara e enterra a do Senado

Foi a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (à esquerda), que deputado Baleia Rossi apresentou o projeto de reforma tributária - Cleia Viana/Ag. Câmara
Foi a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (à esquerda), que deputado Baleia Rossi apresentou o projeto de reforma tributária Imagem: Cleia Viana/Ag. Câmara

Colunista do UOL

06/02/2020 04h00

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A bancada do MDB no Senado decidiu, nesta quarta-feira, apoiar formalmente a proposta de reforma tributária apresentada na Câmara pelo presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi (SP).

O MDB é a maior bancada do Senado, com 14 integrantes. A decisão dos senadores do partido praticamente inviabiliza a aprovação do projeto do Senado e põe fim à disputa com a Câmara sobre qual dos textos teria prioridade.

Os emedebistas decidiram pelo projeto da Câmara durante almoço da bancada com Baleia Rossi no gabinete do líder no Senado, Eduardo Braga (MDB-PA).

"O partido fechou apoio ao projeto do deputado Baleia. Isso acaba com ruídos entre Câmara e Senado. Os deputados devem votar o texto até abril ou maio e os senadores, em junho ou julho. Ou seja, a reforma estará aprovada no primeiro semestre", festejou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).

"A proposta do deputado Baleia é mais simples de ser aprovada, tem maior apoio na sociedade e certamente o relator do projeto aqui do Senado, Roberto Rocha (PSDB-MA), acabará entendendo que este é o melhor caminho. Aquilo que ele achar fundamental acabará sendo aproveitado também", disse a presidente da Comissão de Constituição do Senado, Simone Tebet (MDB-MS).

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirma que até a semana que vem Senado e Câmara deverão fechar a composição da comissão mista encarregada de dar parecer sobre a reforma.

A tramitação do projeto está parada desde o final do ano passado devido à disputa entre os projetos do Senado e da Câmara e também na expectativa da chegada do projeto do governo.

Agora os líderes não querem mais esperar pelo governo. Vão avançar com o texto base da Câmara na comissão especial, acrescido de propostas do Senado. E o governo, se quiser, que venha atrás.