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Governo teme primeira derrota em articulação de Lira no marco do saneamento
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Petistas informaram ao Palácio do Planalto que os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que alteraram o marco legal do saneamento básico podem se tornar a primeira grande derrota do governo no Congresso.
O presidente assinou dois decretos sobre o tema na última semana. Segundo as informações que chegaram aos articuladores políticos do Planalto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está trabalhando pessoalmente para alterar o texto.
Seu objetivo, além de atender a empresários do setor, é demonstrar que ainda detém poder de fogo no Congresso e que o governo dispõe de uma maioria frágil.
Lira tende a indicar como relator do texto na Câmara um deputado de sua confiança pessoal, Fernando Monteiro (PP-PE). A escolha serviria para evitar desconfianças, já que Monteiro é sobrinho do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
O Planalto chegou a sondar Arthur Lira e recebeu como resposta que ele não está "trabalhando na penumbra", mas se opondo "de maneira leal" a algumas alterações feitas na legislação que foi votada e aprovada pelo Congresso.
O presidente da Câmara lembrou que, em mensagem enviada no lançamento da agenda legislativa dos operadores privados de saneamento, já no mês passado, ele havia avisado que pretendia modificar o texto.
Em entrevistas publicadas pela Folha de S.Paulo, no último dia 7, e levada ao ar nesta quinta-feira, 13, na Globo News, Lira voltou a criticar abertamente o fato de Lula ter usado um decreto para alterar a lei.
Levantamento feito pelos articuladores políticos do governo concluiu que o presidente da Câmara não está sozinho. Ele tem forte apoio na base governista e na oposição para alterar o texto.
Por conta disso, o ministro-chefe das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, convocou para esta quinta-feira pela manhã uma reunião com líderes aliados na Câmara e no Senado a fim de explicar os decretos.
A reunião contaria também com os ministros Rui Costa (casa Civil), e Jader Filho (Cidades), mas acabou não ocorrendo.
Motivo: Arthur Lira convocou outra reunião de líderes, em sua residência, também para a manhã desta quinta-feira. O objetivo, segundo ele, foi discutir a composição das comissões mistas das medidas provisórias instaladas pelo Congresso nesta semana.
Melou um pouco mais o trabalho do Planalto.
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