Campanha de Ramagem vê teto baixo em apoio de Bolsonaro no Rio
A pré-campanha de Alexandre Ramagem (PL) à Prefeitura do Rio vê teto baixo com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e tentará "desnacionalizar" a disputa ao mostrar o pré-candidato como delegado de polícia preparado para enfrentar o crime.
Os dois são pivô de uma investigação da Polícia Federal sobre suposto uso da Abin (Agência Brasil de Inteligência) pra favorecer interesses pessoas da família do ex-presidente. O Supremo Tribunal Federal tirou o sigilo da investigação e veio a público a gravação de mais de uma hora de uma reunião entre Bolsonaro e Ramagem em agosto de 2020 no Palácio do Planalto. Também participaram as advogadas do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) e o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.
A pré-candidatura de Ramagem está mantida, mas adequará a estratégia à medida que novos fatos surgirem. Segundo membros da equipe, apenas o apadrinhamento de Bolsonaro não trará o crescimento necessário para o deputado federal chegar ao segundo turno com o prefeito Eduardo Paes (PSD).
Será preciso conquistar parte do terço do eleitorado de Paes que é bolsonarista, nas contas da campanha de Ramagem. Para isso, a campanha quer construir a imagem do candidato como um delegado da Polícia Federal preparado pra enfrentar o crime. Segundo o Datafolha, Paes lidera com 53% das intenções de voto, seguido de Tarcísio Motta (PSOL), com 9% e Ramagem, com 7%.
Segurança pública é a principal preocupação do eleitorado carioca, segundo pesquisas de opinião. E é o tema que a campanha vai usar pra aproximar o pré-candidato do dia a dia da população
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