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Mirando palanques em 2022, Bolsonaro rifa Weintraub e quer Heleno senador
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Jair Bolsonaro "lançou" ontem o nome de Tarcísio Gomes de Freitas para o governo do estado de São Paulo, terra de seu arqui-inimigo e potencial adversário em 2022, João Doria. Depois de ouvir um elogio ao ministro da Infraestrutura vindo de um apoiador em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente perguntou: "Quem sabe São Paulo adote o Tarcísio para o ano que vem?".
De olho na reeleição — e tendo os filhos Flávio, Carlos e Eduardo como seus principais conselheiros no assunto — Bolsonaro começa a cuidar da montagem de palanques nos estados.
Em São Paulo, agrada ao presidente o fato de Tarcísio ter o apoio de uma parcela do empresariado e ser, segundo crê, mais "palatável" do que o ex-titular da Educação Abraham Weintraub. O ex-ministro, que atualmente mora nos Estados Unidos mas volta e meia ameaça voltar ao Brasil, sonha em disputar o cargo com o apoio de Bolsonaro. Hoje, suas chances são remotas. "O presidente vai escolher seus candidatos de acordo com a conveniência política", avisa um assessor.
Na Bahia, onde Bolsonaro esteve ontem para inaugurar a duplicação de uma rodovia em Feira de Santana, seu candidato é o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos).
No Rio, Flávio Bolsonaro defende o apoio à reeleição do governador interino, Cláudio Castro (PSC). No Rio Grande do Sul, Ônyx Lorenzoni (Democratas), ministro da Secretaria Geral da Presidência, já se considera o dono da vaga de candidato do governo. O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que chegou a ter a pré-candidatura ao executivo daquele estado aventada por empresários gaúchos, deve se contentar com uma tentativa para o Senado, como admitiu na semana passada.
Também para uma vaga no Senado, só que pelo Distrito Federal, Bolsonaro quer o general Augusto Heleno (sem partido), chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Heleno é, entre os generais da ativa e da reserva, o mais popular nas bases bolsonaristas.
Em 2018, só não foi vice de Bolsonaro porque o partido a que ele havia se filiado, o PRP, recusou-se na última hora a lhe dar a legenda, num episódio até hoje pouco explicado. Tempos depois, Heleno disse a interlocutores que aquela havia sido a maior derrota da sua vida. Embora não admita publicamente, ele queria muito ser vice de Bolsonaro.
Para 2022, o presidente tem dito novamente que quer um vice evangélico, mas que não descarta a repetição da dobradinha com um militar.
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