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Irritada com Doria, frente em prol do 'sr. Terceira Via' pode sair sem PSDB
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A tal "aliança de centro" empacou.
A frente que pretende reunir nomes capazes de quebrar a polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) até agora não conseguiu juntar mais de três pessoas na mesma mesa.
No mês passado, ela parecia estar caminhando bem. O manifesto "em defesa da democracia", assinado por seis potenciais candidatos à Presidência em 2022, foi o primeiro sinal concreto de que a aliança poderia sair - e, com ela, também o nome capaz de ocupar o até agora desolado campo da chamada terceira via.
O texto — divulgado em meio à crise militar provocada pela saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, demitido de pé e na porta do gabinete do presidente Jair Bolsonaro— foi assinado por Ciro Gomes (PDT), Eduardo Leite (PSDB), João Amoêdo (Novo), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Luciano Huck (sem partido).
Desde então, nada aconteceu, e lideranças responsabilizam o PSDB pelo atual estado de pasmaceira do grupo -por culpa dos tucanos, impedido de saber "com quem se sentará à mesa".
A avaliação é de que o PSDB, embora não esteja disposto a fazer do governador João Doria o candidato do partido à Presidência, tampouco consegue descartá-lo.
Doria, que chegou considerar candidatar-se à reeleição para o governo de São Paulo, surpreendeu seus pares no início do mês ao patrocinar a filiação de seu vice, Rodrigo Garcia (ex-DEM), ao PSDB, com a intenção de fazê-lo seu sucessor. Com isso, deixou claro que mantém inabalável sua pretensão de concorrer à Presidência.
O fato de o movimento de Doria ter também implodido a sua relação com ACM Neto — presidente do partido ao qual pertencia Rodrigo Garcia antes de rumar para o PSDB— foi visto como mais uma prova de que o governador de São Paulo seria, nas palavras de uma das lideranças da protoaliança, "um macaco numa loja de louças".
O PSDB marcou para outubro as prévias que definirão o nome favorito do partido para disputar as eleições de 2022. A data é considerada tardia demais por lideranças interessadas em oficializar rapidamente a aliança de centro.
Uma das ideias iniciais do grupo previa a união de um candidato do DEM, como o ex-ministro Mandetta, e um tucano, como o governador Eduardo Leite - ambos jurando que não brigariam pela cabeça de chapa e de bom grado distribuiriam santinhos do outro caso fossem relegados ao posto de vice.
A ideia perdeu força. "O PSDB não decide quem vai colocar para sentar na mesa. Quando resolver, pode já não achar lugar", diz um dos integrantes do grupo.
A terceira via, antes de se consolidar, começa a fazer água — para alegria da primeira e segunda.
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