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Leite avança em São Paulo, campo de Doria e estado decisivo nas prévias
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Os olhos dos tucanos se voltam para São Paulo.
No início da disputa para ver quem seria o candidato do PSDB à Presidência da República, o estado governado por João Doria era visto como seu domínio inatacável.
E por ser o de maior peso na complicada matemática das prévias tucanas, ele conferia ao governador larga vantagem sobre seu colega gaúcho e principal rival na disputa, Eduardo Leite.
Ocorre que, desde o início de outubro — logo depois que o senador Tasso Jereissati anunciou sua retirada do páreo para apoiar Leite — o nome do governador gaúcho passou a conquistar apoios na fortaleza do seu concorrente.
Além do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, do senador José Anibal e do prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth, declararam apoio a Leite nas últimas semanas vereadores de municípios paulistas; o prefeito de Santo André, Paulo Serra; e o vice-prefeito de Capão Bonito, Roberto Tamura.
O apoio de políticos aos pré-candidatos nas prévias é relevante porque o regulamento do PSDB atribui pesos diferentes não só aos diversos estados da federação, mas também às categorias de eleitores: o voto de um prefeito, por exemplo, pode equivaler ao voto de até 300 filiados, ou "militantes".
Em número de diretórios estaduais aliados, Leite, que já estava à frente de Doria desde o início do processo, nesta semana conquistou a adesão também do Rio de Janeiro, além de ter avançado em Goiás. Doria manteve os diretórios que tinha e agora briga para consolidar a adesão do Rio Grande do Norte e Sergipe.
A próxima batalha entre Doria e Leite se dará na próxima terça-feira, quando o Grupo Globo promove no Rio de Janeiro o primeiro debate entre os candidatos nas prévias do PSDB, incluindo o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.
O encontro é considerado importante sobretudo pelo impacto midiático que poderá produzir.
Analistas consideram que o resultado das prévias tucanas terá a natureza das "profecias autorrealizáveis": vai ganhar quem a maioria "achar" que vai ganhar.
Em outras palavras, o candidato que conseguir convencer o eleitorado de que tem mais chances de levar as prévias sairá delas não apenas vitorioso, mas com larga vantagem sobre o perdedor.
Numa disputa que definirá, além do nome do PSDB que concorrerá à Presidência, também os rumos imediatos e o futuro do partido, tucano nenhum vai querer ficar ao lado do perdedor.
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