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Entre três "namoradas", Bolsonaro pagará caro para consolar as rejeitadas
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O presidente Jair Bolsonaro disse que deve definir ainda nesta semana a sigla à qual irá se filiar.
"Tem três partidos que me querem", disse, em referência ao PP, PL e Republicanos, todos do bloco conhecido como Centrão, base de apoio do governo.
Fã das analogias sentimentais, o presidente disse na segunda-feira que ainda não havia escolhido sua "namorada" por estar preocupado com o que pensariam dele as outras duas.
"Não podem ficar muito chateadas comigo", afirmou.
Bolsonaro pode perder as esperanças de sair ileso da escolha.
PP, PL e Republicanos fazem parte de um bloco — compartilham, portanto, as vantagens e desvantagens das ações em grupo.
No caso, porém, da filiação de Bolsonaro, é certo que, entre os três, apenas o partido escolhido pelo presidente ficará com o bônus, sendo o principal deles o número de deputados federais que o ex-capitão poderá carrear com ele.
Se Bolsonaro conseguir levar para a sua nova sigla trinta parlamentares, como vem alardeando, não apenas fará crescer a fatia do financiamento público do partido como o transformará numa força com a qual o futuro presidente — quem quer que seja ele — terá de contar para governar.
Já aos partidos rejeitados restará chupar o dedo.
E, claro, exigir agrados mil do presidente para não abandonarem o barco.
Valdemar Costa Neto, por exemplo, presidente do PL, há tempos se queixa do tratamento preferencial que, considera, o governo Bolsonaro tem dado ao PP.
Caso seja preterido agora, junto com seu colega do Republicanos, poderá ficar "muito chateado".
Bolsonaro terá então duas opções: demonstrar grande generosidade para com as ex-namoradas ou entregá-las nas mãos da concorrência.
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