Wálter Maierovitch

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Opinião

Morte de líder militar do Hamas pode ser o troféu que Netanyahu buscava

Nos 270 dias de guerra, o midiático e sanguinário Benjamin Netanyahu sempre desejou exibir a cabeça de um chefão militar do Hamas. Isso até para rebater os críticos da sua ofensiva desordenada e sem fim, que mata civis palestinos inocentes. São 38.443 mortos e 88.482 feridos, segundo o Hamas.

Para este 13 de julho, especula-se ter o IDF (Forças de Defesa de Israel) matado Mohammed Deif, da cúpula militar do Hamas e organizador do massacre do 7 de outubro.

De quebra, teria sido morto o chefe da brigada Khan Younis, que era o braço direito do chefão Deif. Seu nome: Rafa'A Salamer.

O ataque do IDF ocorreu em Khan Younis, onde atua a brigada que leva o mesmo nome e é liderada pelo supracitados Salamer, que teria sido alvejado e morto.

A operação causou a morte de 71 civis palestinos e outros 289 deles saíram feridos. A zona de Khan Younis abriga campus humanitários.

Não se sabe ainda qual será o teor da fala de Netanyahu. Poderá anunciar a morte de Deif, que seria o seu maior troféu, ou justificar mais um ataque sangrento, a caracterizar crime de guerra e contra a humanidade.

A manifestação de Netanyahu, há mais de 15 dias sem dar entrevistas coletivas, está marcada para as 21h de Israel.

Enquanto isso, Yair Lapid, líder da oposição israelense, lidera uma marcha em direção a Jerusalém. Trata-se da marcha para o retorno dos reféns, com base no discurso do presidente Biden, no recente discurso de encerramento da cúpula da Otan.

Segundo Biden, o acordo entre Israel e Hamas estaria fechado, com a liberação dos reféns. Só faltariam "pequenos detalhes".

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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