Apesar de ter dito "participem", Bolsonaro diz que não convocou para atos
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta tarde que não disse algo que, na verdade, disse: afirmou que não convocou manifestantes para os atos do último domingo (15) ao se defender das críticas de que foi imprudente ao quebrar a quarentena cumprimentar apoiadores.
Mas hoje, Bolsonaro disse que os atos foram espontâneos e negou que os tenha incentivado.
A verdade, no entanto, é outra. Vídeo mostra que em 7 de março, em escala em Boa Vista (RR) durante viagem para os Estados Unidos, ele convocou os brasileiros a participarem das manifestações.
"É um movimento que quer mostrar para todos nós, para o Executivo, Legislativo e Judiciário que quem dá o norte para o Brasil é a população. Não somos nós políticos que dizemos para onde o Brasil deve ir. Nós apenas conduzimos. E o povo que diz para onde o Brasil deve ir. O movimento de rua é muito bem-vindo porque, dessa forma, estamos submissos a lei como diz o artigo 5º da Constituição. Participem e cobrem de todos nós o melhor para o Brasil. Nós temos obrigação de atendê-los".
As manifestações reuniram, segundo cálculos de Bolsonaro de hoje, quase um milhão de pessoas.
Por que Bolsonaro foi criticado?
Bolsonaro foi alvo de críticas por desobedecer a instruções do próprio ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
As autoridades recomendam que pessoas que voltaram do exterior — como era o caso de Bolsonaro, que havia retornado dos EUA havia quatro dias — ficassem uma semana em casa, em quarentena, para evitar o risco de contagiarem outras pessoas com o coronavírus.
Os exames mostraram que Bolsonaro não havia contraído a doença, mas ao menos 12 pessoas que viajaram com o presidente foram infectadas.
O ministério da Saúde estima que se os brasileiros não interromperem os contatos sociais, os casos de infecções no país, na casa dos 300, duplicarão a cada três dias.
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