É falso que filho caçula de Bolsonaro tenha cargo na Secretaria de Cultura
Circulam nas redes sociais boatos de que Jair Renan Bolsonaro, filho caçula do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), teria sido nomeado consultor federal da Secretaria Especial da Cultura, com um salário de R$ 37 mil. A informação é falsa.
Com referências às investigações do caso Marielle — em que Jair Renan foi citado por ter tido um relacionamento com a filha de Ronnie Lessa, acusado de ser um dos assassinos da vereadora e seu motorista —, o boato começou a circular após o dia 31 de agosto, quando Jair Renan e o secretário Especial da Cultura, Mario Frias, divulgaram em suas redes sociais uma foto tirada durante uma reunião no gabinete da Secretaria.
"Filho número 04 de #ForaBolsonaro, o pegador do condomínio, agora é consultor federal da secretaria especial de cultura da União, com um salário de 37.000 reais", diz o texto que tem sido compartilhado na internet. Não existe, contudo, registro oficial de vínculo entre o estudante de direito de 22 anos e a Secretaria Especial da Cultura.
O UOL verificou os registros no Diário Oficial da União desde agosto, onde são publicadas as nomeações. Jair Renan também não consta no Portal da Transparência como servidor de qualquer órgão público. O site publica informações, inclusive salários, de todo servidor.
A lista de funcionários terceirizados do Ministério do Turismo —órgão ao qual a pasta da Cultura está subordinada — também não apresenta menção de cargo relacionado ao filho do presidente.
Segundo a agenda oficial de Mario Frias, a reunião discutiu "ideias para projetos na área de games e cultura jovem". Também participou do encontro o gerente de execução de projetos da Subsecretaria de Esporte e Eventos Incentivados, Allan Lucena.
À época, Frias divulgou que ambos teriam debatido o "futuro dos E-games". Procurada, a assessoria do Ministério do Turismo, a qual a Secretaria da Cultura é subordinada, não soube detalhar quais seriam os planos para o futuro dos esportes eletrônicos.
Jair Renan costumava fazer transmissões ao vivo do jogo "League of Legends" em seu canal na plataforma Twitch, onde era seguido por mais de 50 mil pessoas. No começo de maio, no entanto, o estudante foi banido após ter estimulado pessoas a descumprirem as medidas de distanciamento social em uma transmissão.
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