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Post resgata notícias falsas desmentidas pelo TSE nas eleições de 2018

23.ago.2022 - Post resgata notícias falsas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas no dia da votação do primeiro turno nas eleições de 2018 - Arte/UOL sobre Reprodução/Facebook
23.ago.2022 - Post resgata notícias falsas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas no dia da votação do primeiro turno nas eleições de 2018 Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução/Facebook

Abinoan Santiago

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

23/08/2022 14h31Atualizada em 23/08/2022 16h27

Uma publicação que circula no Facebook resgata notícias falsas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas no dia da votação do primeiro turno nas eleições de 2018. Todas as informações espalhadas pelos eleitores que aparecem nas imagens foram desmentidas ainda durante o pleito daquele ano pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais).

O que diz o post? A publicação que resgata as fakes news circula desde 16 de agosto no Facebook e conta com mais de 1,1 mil visualizações. A legenda do vídeo diz o seguinte:

Chega a ser um absurdo tudo isso! São inúmeros casos de pessoas que se sentiram lesadas e que agora não podem demonstrar sua indignação porque um juiz disse que irá prender que denunciar algum tipo de fr@ude [sic]".

Eleitor não seguiu a sequência de voto. A legenda faz referência ao primeiro vídeo compilado na postagem. Nele, um eleitor de Cuiabá diz que não conseguia votar para presidente porque, ao digitar o número do candidato, não aparecia a opção para confirmar. Na ocasião, o TRE-MT informou à imprensa local que a referida urna não estava com problemas e que o eleitor teria chegado à conclusão pela "ânsia" de depositar o voto, pois existe uma sequência antes de chegar na escolha para presidente.

Urna estava zerada. Na mesma postagem que circula nas redes sociais, dois policiais militares do Distrito Federal aparecem em frente à sede da PF (Polícia Federal) e relatam que votos teriam sido depositados na urna de uma seção de Guará antes de iniciar o processo no dia da votação. Essa informação também foi desmentida. O TSE afirmou que houve um "desconhecimento técnico" do colaborador terceirizado contratado pelo TRE e que, após análise, ficou constatado que a urna encontrava-se zerada antes de ser ligada.

Montagem enganosa. Já em um terceiro vídeo da postagem, uma eleitora cita que a urna completava automaticamente para "13", número do então candidato Fernando Haddad (PT), logo após digitar o "1". Isso também foi desmentido. Uma análise quadro a quadro do vídeo mostrou que se tratava de uma montagem para passar a falsa impressão de defeito na urna, segundo a Justiça Eleitoral.

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