É falso que eleitores de Lula não precisam votar no 2º turno

É falso que o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, disse que eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisam votar no segundo turno, no dia 30 de outubro, por causa de "nova tecnologia implementada na urna".

A imagem que circula nas redes sociais é uma montagem que utiliza o design do g1, portal de notícias do Grupo Globo. O próprio portal desmentiu a imagem pelo seu serviço de checagens. O TSE também negou que o ministro Alexandre de Moraes tenha dito isso.

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O que diz a publicação? A montagem usa o design do g1, mas não há nenhuma reportagem com esse conteúdo no site. Pelo seu serviço de checagem, o Grupo Globo chamou a imagem de montagem fraudulenta.

Eleitores de Lula não precisarão voltar às urnas no 2º turno, diz Moraes

Presidente do TSE deu informação durante sessão desta quinta-feira (6). Moraes tem reiterado que nova tecnologia do TSE permite reaproveitar o voto do 1º turno

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informou que graças às novas tecnologias implementadas nas urnas eletrônicas, quem já votou no 1º turno em Lula não precisará retornar para votar no 2º turno. A tecnologia foi apresentada pelo equipe de TI do TSE e poupará milhões de eleitores da necessidade de retornar às urnas em 30/outubro. "Nossa urna é de última geração e quem votou na chapa Lula "Juntos pelo Brasil" terá o voto reaproveitado automaticamente no 2º turno", diz o ministro.

TSE se pronunciou. O TSE também disse que a informação na montagem é falsa, e que não há nenhuma fala do ministro Alexandre de Moraes nesse sentido na sessão plenária do dia 6 de outubro, que está disponível na internet.

"Todas as eleitoras e os eleitores aptos, independente do candidato escolhido, devem voltar às urnas para votar no segundo turno, que acontece dia 30 de outubro. Cada turno de votação é uma eleição independente", explica o tribunal.

Voto é secreto. O sigilo do voto é garantido pela Constituição Federal de 1988. Os votos de cada eleitor são armazenados gradativamente na urna eletrônica, e o sistema interno de cada urna grava as informações em um arquivo chamado RDV (Registro Digital de Voto). No momento do registro no RDV, os votos são embaralhados para evitar que se descubra a escolha de cada eleitor. O registro no RDV também permite a totalização dos votos de cada urna e a recontagem eletrônica, se necessária.

Este conteúdo também foi checado por Aos Fatos e Estadão Verifica.