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Aumento de quase 50% na conta de luz não foi registrado no governo Lula

10.mar.2023 - Aumento diz respeito ao período de 2015 a 2022 - Reprodução/Facebook
10.mar.2023 - Aumento diz respeito ao período de 2015 a 2022 Imagem: Reprodução/Facebook

Pedro Vilas Boas

Colaboração para o UOL, em Salvador

10/03/2023 17h31Atualizada em 10/03/2023 18h34

É falso relacionar um aumento de 48,7% na conta de luz ao atual governo do presidente Lula (PT), que teve início em 1º de janeiro deste ano, como sugerem publicações nas redes sociais.

O aumento, noticiado pelo jornal O Globo no mês passado, compreende os valores de 2015, quando Dilma ainda era presidente, até 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo a reportagem, dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostram que o preço por megawatt/hora da tarifa residencial subiu de R$ 462,80, em 2015, para R$ 688,30 no fim do ano passado —uma alta de 48,7%.

O UOL Confere aplica o selo falso a conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.

O que diz a publicação? "O DESGOVERNO LULA É ASSIM: SÓ CACETADA NO POVO!!! #LulaEternoLadrao", diz a descrição de uma publicação compartilhada no Facebook no último dia 3. A postagem acompanha uma foto de Lula com o título: "Conta de luz sobe quase 50% puxada por imposto" e a pergunta: "Com R$ 18,00 dá pra pagar o aumento da conta de luz?".

O questionamento faz referência ao aumento de 2,8% do salário mínimo, anunciado por Lula no mês passado, que representa R$ 18 a mais no valor recebido pelo trabalhador.

No mesmo dia da publicação da reportagem, um usuário no Twitter compartilhou a imagem com comentário: "No picanha. No água do São Francisco. No gasolina barata. No energia elétrica barata. # Faz o L e senta. Oxi!!!".

O próprio texto que aparece nas postagens falsas, reproduzido pelo site Terra Brasil Notícias com informações de O Globo, não relaciona o levantamento ao presidente Lula.

A publicação falsa no Twitter, compartilhada no dia 20 de fevereiro, registra 16,5 mil visualizações, 141 retuítes, 622 curtidas e 3 tuítes com comentário. Já a postagem no Facebook, feita no último dia 3, tem 243 compartilhamentos, 142 reações e 42 comentários.

Este conteúdo também foi checado por Aos Fatos e AFP Checamos.

Pedidos de checagem podem ser enviados por meio do WhatsApp (11) 97684-6049 e pelo email uolconfere@uol.com.br.

5 dicas para você não cair em fake news

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