Covid não significa 'certificado de vacinação com inteligência artificial'
Voltou a circular nas redes sociais um vídeo em que o médico italiano Roberto Petrella faz a declaração falsa de que "covid-19 significa certificado de identificação de vacinação com inteligência artificial e 19 é o ano em que foi criado". Na gravação, com áudio traduzido para o português, o homem engana ao afirmar que o nome faz referência a um plano internacional de controle da população.
O termo vem do inglês e significa CoronaVirus (Covi) Disease (d), traduzido como doença do coronavírus. A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou covid-19 como nome oficial da doença em 11 de fevereiro de 2020. O número 19 indica a data da identificação das primeiras contaminações pelo governo chinês, em dezembro de 2019 (veja aqui).
O pedido de checagem foi enviado ao UOL Confere pelo WhatsApp (11) 97684-6049.
A OMS orienta não usar o termo coronavírus em documentos, pois existem muitos tipos do vírus. Segundo a organização, a enfermidade foi nomeada segundo as diretrizes da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Estudos também apontam que a covid-19 tem origem natural e não foi desenvolvida artificialmente em laboratório.
O italiano Roberto Petrella é um médico ginecologista conhecido por se posicionar ativamente contra a vacinação. Ele foi expulso da Ordem dos Médicos de Teramo (veja aqui, em italiano), na Itália, em 2019. Em janeiro do ano passado, o médico foi preso por prescrever supostos tratamentos alternativos a um paciente, que morreu (veja aqui, em italiano).
No vídeo de seis minutos, o homem ainda afirma falsamente que, em testes de covid-19, "cerca de 90% vão dar positivo". De acordo com dados disponíveis no site Our World in Data, a taxa de testes com resultado positivo raramente ultrapassou 50% nos países. Os números são calculados por meio da divisão de resultados positivos pelo total de testes.
Ele ainda engana ao dizer que as vacinas enfraquecem o sistema imunológico. Segundo o Ministério da Saúde, os imunizantes fortalecem as defesas do corpo e a vacina bivalente, que começou a ser aplicada neste ano, aumenta a imunidade contra a cepa original da Covid-19 e a variante Ômicron.
O conteúdo também foi checado por Agência Lupa e Aos Fatos.
Sugestões de checagens também podem ser enviadas para o email uolconfere@uol.com.br.
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