Vídeo sobre a suspensão da AstraZeneca em países europeus é antigo
É antigo e circula nas redes sociais e grupos de conversa fora do contexto original um vídeo do jornalista Alexandre Garcia informando que a vacina Oxford/AstraZeneca, contra a covid-19, parou de ser utilizada em países europeus, na Tailândia e no Congo.
O pedido de checagem foi enviado ao UOL Confere pelo WhatsApp (11) 97684-6049.
O que diz o vídeo? No trecho distorcido, jornalista afirma: "Agora mesmo a Alemanha decidiu, a França e a Itália também, suspender a aplicação dessas vacinas, Oxford/AstraZeneca, por causa do aparecimento de tromboses no cérebro e no pulmão. Isso é grave. E eu não sabia que isso já está suspenso na Áustria, na Dinamarca, na Islândia, na Noruega, na Bulgária, na Tailândia e no Congo". Dias após o vídeo, os países reverteram a medida.
Sobre o vídeo, há diversas mensagens em tom alarmista. "AS VACINA C-19 ESTÁ PROIBIDO (sic). Trombose no cérebro e pulmão! Você foi usado de cobaia! Polêmica! Vacina é suspensa em vários países. PROIBIDO NA (sic) Alemanha, Itália, França, Aústria, Dinamarca, Islândia, Noruega, Bulgária, Tailândia, Congo."
O UOL Confereaplica o selo distorcido a conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.
Ao contrário do que sugere o post checado, a decisão de países da Europa não é recente. A AstraZeneca havia sido suspensa na Alemanha, França, Espanha, Portugal e Itália, em 15 de março de 2021, depois do registro de casos de trombose entre os vacinados (veja aqui). A decisão também foi adotada por Áustria, Dinamarca, Islândia, Bulgária, Tailândia e República Democrática do Congo.
Porém, no dia 18 do mesmo mês, a Agência Europeia de Medicamentos liberou o uso do imunizante e garantiu que a vacina era "segura e eficaz" (veja aqui). Naquele momento, a maioria dos países europeus anunciaram a retomada do uso da AstraZeneca (veja aqui).
A diretora da agência europeia, Emer Cook, declarou que não foi possível descartar uma ligação entre a imunização e os casos de trombose, mas informou que os riscos seriam incluídos na bula. Cook ainda disse que "os benefícios superam os riscos da vacina".
Na época, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomendou que o imunizante continuasse sendo utilizado (aqui) e informou que avaliava os dados de segurança. Em abril daquele ano, o Ministério da Saúde reiterou a importância da vacinação e disse que a efetividade e a segurança das vacinas são monitoradas continuamente pela Anvisa (veja aqui).
O conteúdo também foi checado pela Agência Lupa (aqui).
Sugestões de checagens também podem ser enviadas para o email uolconfere@uol.com.br.
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