Beira-Mar não está preso em Mossoró (RN), nem foi transferido para o RJ
É falso que o traficante Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar, tenha sido transferido da Penitenciária de Mossoró (RN) para o Rio de Janeiro, como afirmam publicações que circulam nas redes sociais.
A Seap-RJ (Secretaria de Administração Penitenciária) e SENAPPEN (Secretaria Nacional de Políticas Penais) desmentiram a alegação.
O que diz o post?
- O vídeo mostra um homem algemado de costas, usando uniforme penitenciário;
- O preso é acompanhado por um policial até um veículo da Polícia Penitenciária Federal, que segue em direção a um avião da PF;
- O vídeo não tem narração, mas é publicado ao lado de um texto que identifica falsamente o preso como Fernandinho Beira-Mar;
- "URGENTE: Sem confirmação oficial. Fernandinho Beira-Mar foi transferido no mais absoluto silêncio da Penitenciária de Mossoró", diz o texto, repetido em postagens de diferentes perfis. "O destino? Ainda não foi divulgado, mas dizem que pode estar voltando aqui para o Rio de Janeiro!".
- A Senappen nega que se trate de uma filmagem oficial.
Por que o post é falso?
- Fernandinho Beira-Mar não está preso em Mossoró (RN). Ele foi transferido para Campo Grande (MS) em 2019 (aqui);
- Em 2019, foi negado pedido para que o traficante voltasse ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro (aqui);
- A SEAP-RJ afirmou que Beira-Mar não foi encaminhado para nenhum presídio no estado do Rio de Janeiro: "A informação não procede";
- A SENAPPEN também nega que o traficante tenha sido transferido para uma penitenciária estadual e que o sujeito filmado seja Fernandinho Beira-Mar:
Informamos que o Luiz Fernando da Costa, vulgo Fernandinho Beira-Mar, permanece no Sistema Penitenciário Federal (SPF), gerido pela SENAPPEN e esta imagem não é do preso em questão."
SENAPPEN em nota ao UOL Confere
A situação de Beira-Mar
- Está preso desde 2001. Desde 2006, em penitenciária federal;
- Em condenações, acumula penas que somam quase 320 anos de prisão em crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios (aqui).
Publicado em 17 de março no TikTok, o vídeo soma 654,3 mil visualizações, 21,7 mil curtidas, 618 comentários e 438 compartilhamentos. No Instagram, em 24 horas o conteúdo teve 4,6 mil visualizações e, 450 likes e 45 comentários.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
O conteúdo também foi checado por Fato ou Fake (aqui).
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