Vídeo de Janaína Paschoal sendo hostilizada em aeroporto é de 2016
Um vídeo que mostra a ex-deputada estadual de São Paulo Janaína Paschoal (PRTB) sendo chamada de "golpista" no Aeroporto de Brasília voltou a ser compartilhado de forma distorcida nas redes sociais, como se fosse atual.
A cena é verdadeira, mas aconteceu em 2016 e não em abril deste ano. Na época, a advogada era uma das pessoas que encabeçava o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O que diz a publicação?
No vídeo, uma apresentadora do programa "Seu Jornal", da TVT, noticia que Janaína Paschoal foi alvo de um protesto no Aeroporto de Brasília ao ser reconhecida por passageiros.
O texto inserido na imagem diz "Janaína Paschoal é hostilizada no Aeroporto em Brasília". Embaixo, aparece a data "07/04/2023".
As cenas mostram a ex-deputada sendo confrontada por dezenas de pessoas. Os manifestantes chamam Janaína de "golpista" e "fascista".
Um dos passageiros grita "45 mil reais" e "vendida". O valor se refere ao montante pago pelo PSDB para a advogada no início de 2015. Ela foi contratada pelo partido para elaborar um parecer sobre os caminhos jurídicos para afastar Dilma do cargo.
O texto da publicação que acompanha o vídeo diz "Essa pra mim é novidade eu não sabia que #JanaínaPaschoal teria recebido pelo impeachment de #DilmaRousseff heita trem como esses Bolsonaristas Golpistas lutam pela desgraça da vida alheia por dinheiro. #ForaBolsonaroeSuaQuadrilha".
Por que o conteúdo é distorcido?
Imagem antiga. A publicação diz que a cena é de abril deste ano, mas o episódio aconteceu em 2016. Na época, jornais brasileiros como UOL, Folha de S. Paulo e Rádio CBN noticiaram o protesto.
Ao contrário do que afirma o texto na postagem, a advogada não recebeu R$ 45 mil do PSDB para escrever o pedido de impeachment. O valor, na verdade, foi pago para que ela elaborasse um parecer sobre os caminhos jurídicos para afastar Dilma do cargo (aqui). Janaína explicou o caso em 2016 em sessão na Comissão Especial do Senado que ouviu os juristas responsáveis pelo pedido de impeachment.
O UOL Confere aplica o selo distorcido a conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.
Viralização. No Facebook, a publicação de 7 de abril tem 10 mil curtidas, 3 mil comentários e 223 mil visualizações.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
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