Vídeo não mostra pai desesperado por morte de criança por vacina na PB
É falso que um vídeo mostre um pai desesperado ao ver seu filho morto por causa da vacina contra covid-19 na Paraíba. Não há registro de mortes de crianças em decorrência da vacina no estado. Vídeo feito em 2019 mostra, na verdade, homem que perdeu esposa e filho durante o parto em maternidade do Amazonas.
O UOL Confere recebeu o pedido de checagem pelo WhatsApp (11) 97684-6049.
O que diz o post
Vídeo compartilhado no WhatsApp mostra uma criança sendo vacinada, depois ela aparece deitada no chão, consciente e falando e uma pessoa está medindo a pressão dela. A pessoa que está filmando diz "meu irmão acabou de tomar vacina, tava bebendo água e caiu pra trás", o que sugere que o menino teria desmaiado.
Em seguida há um corte brusco que mostra outro vídeo de um homem gritando em um hospital. Em cima da filmagem há o texto: "vacinação mata criança na Paraíba. Pai desesperado ao ver seu filho morto. Criança morre depois da vacina de covide (sic)".
Por que é falso?
Desinformação é antiga. Uma busca no Google localizou checagens do Fato ou Fake e da AFP Checamos de janeiro de 2022 sobre o mesmo vídeo (veja aqui e aqui).
Não foi possível identificar quem seria o menino que teria desmaiado no início do vídeo, mas a cena do homem gritando no hospital também foi verificado pela AFP Checamos ano passado (aqui).
O vídeo é de 2019, antes, portanto, da pandemia de covid-19, e mostra um homem desesperado ao saber da morte da esposa e do filho durante o parto em uma maternidade de Manaus (AM). O caso foi noticiado pelo Jornal do Amazonas, da afiliada local da TV Globo em fevereiro daquele ano (veja aqui).
Sem registros de casos adversos. Em resposta ao UOL Confere, a Secretaria de Saúde da Paraíba disse que não há registro de casos adversos graves em crianças e adolescentes como consequência da vacina contra covid-19 no estado. "Não é verdadeira a informação de que os vídeos tenham correlação com óbitos ocorridos após a vacinação contra a Covid-19", afirma a Secretaria.
Esse conteúdo também foi desmentido pela Lupa.
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