Lula não vai liberar internet em cadeias para aumentar audiência de lives
É falsa a afirmação que circula nas redes sociais de que o governo Lula (PT) vai liberar o sinal de internet em penitenciárias do Brasil após baixa audiência nas lives semanais. O Ministério das Comunicações desmentiu as postagens.
O que diz o post
A imagem que circula em diferentes plataformas simula o layout do site g1 com o título: "Live com Lula não 'bomba' e Governo Federal avalia liberar sinal de internet nas penitenciárias".
A montagem traz um print de uma das transmissões ao vivo com o presidente Lula e o jornalista Marcos Uchôa, que apresenta o programa "Conversa com o Presidente".
Por que é falso
O Ministério das Comunicações negou, em nota enviada ao UOL Confere, que a afirmação seja verdadeira. "Não há, no âmbito do Ministério das Comunicações, política pública ou ação voltada a fornecer conectividade para presídios".
A pasta ainda ressaltou que há um regulamento da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sobre o uso de bloqueadores de sinais de radiocomunicações para penitenciárias (aqui).
Imagem é uma montagem. O post usa o cabeçalho do site g1 (com a logo à esquerda e a palavra "Tecnologia" ao centro) e abaixo consta um print da página no YouTube do programa Conversa com o Presidente, transmitido em 14 de agosto (aqui). O logo "Canal gov", que aparece no canto esquerdo da página original, foi apagado.
Globo nega. Em nota, a assessoria da emissora disse que "essa notícia nunca foi publicada pelo g1". Também não se encontra a suposta matéria ao se fazer uma busca no portal ou em algum outro veículo de comunicação (aqui e aqui).
A postagem circula nas redes sociais em meio à notícia de que as lives promovidas com o presidente Lula sofrem com um alcance menor do que o registrado pelas transmissões ao vivo que Jair Bolsonaro fazia enquanto era presidente (aqui).
Dados levantados pelo Núcleo de Tecnologia do Departamento de Comunicação da PUC-Rio (NuTec/PUC-Rio), a pedido do UOL, apontam que Lula perde para Bolsonaro em interações e visualizações dos vídeos.
Viralização. Uma publicação no "X" - antigo Twitter - com a mentira, feita na terça-feira (28), registra 54,4 mil visualizações, 4.204 curtidas e 1.352 repostagens. Já um post no Instagram com o conteúdo falso, compartilhado ontem (30), tem 11,6 mil curtidas e 1,2 mil comentários.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
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