É de 2019 vídeo em que mãe diz que escola deu camisinha à filha de 7 anos

Um vídeo em que uma mulher denuncia que uma escola deu pacotes de camisinha a sua filha de 7 anos não é recente, ao contrário do que sugerem publicações nas redes sociais. O caso aconteceu em junho de 2019, no primeiro ano da administração de Jair Bolsonaro. Ou seja, não ocorreu durante o governo Lula.

O UOL Confere considera distorcidos conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.

O que dizem os posts

Uma publicação no Facebook compartilha o vídeo da mulher indo até a escola com a seguinte legenda: "MULHER SE REVOLTA E ARMA BARRACO APÓS FILHA DE 7 ANOS RECEBER CAMISINHAS E PAPEL HIGIÊNICO DE ESCOLA. QUAL SERIA SUA REAÇÃO?".

A descrição do post responsabiliza o "desgoverno esquerdopata maldito". "COM ESSE DESGOVERNO ESQUERDOPATA MALDITO. A QUE PONTO CHEGAMOS.?? E PODE PIORAR BRASIL", diz o texto, acompanhado de emojis da bandeira do Brasil.

Outra publicação no TikTok contém a mesma legenda do post no Facebook inserida no vídeo.

Por que é distorcido

O caso realmente aconteceu, mas não é recente. Ao procurar no Google por "criança", "7 anos", "camisinha", aparece como um dos resultados uma reportagem do SBT publicada em 11 de junho de 2019 (aqui). Ou seja, o episódio ocorreu durante o primeiro ano do governo Jair Bolsonaro.

A camisinha foi dada por uma escola municipal de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, durante os festejos juninos. Em entrevista ao SBT, a diretora da escola, Maria de Fátima, afirmou na época que o presente não foi direcionado para a aluna, mas reconheceu que a instituição falhou em não ter checado o que seria dado no sorteio e pediu desculpas. A Secretaria de Educação da cidade disse que iria apurar o caso.

Prefeito não é do PT. A cidade de Parnamirim é administrada desde 2017 pelo prefeito Taveira (Republicanos), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (aqui).

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Viralização. A publicação no Facebook, feita no dia 28 de setembro, registra 197 mil visualizações, 8,5 mil reações, 5,7 mil compartilhamentos e 38 comentários. Já o post no TikTok, compartilhado na mesma data, tem 211,5 mil visualizações, 19 mil curtidas e 4 mil comentários.

Este conteúdo também foi checado por Estadão Verifica e Reuters Fact Check.

Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.

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