É falso que ministro Alexandre de Moraes tenha sido agredido na rua

É falso que o ministro Alexandre de Moraes tenha sido agredido na frente de um condomínio, como sugere um post que circula nas redes sociais. O homem que aparece nas imagens é uma outra pessoa.

O pedido de checagem foi enviado ao UOL Confere pelo WhatsApp (11) 97684-6049.

O que mostra o vídeo

Imagens que circulam em redes sociais como Facebook, Twitter e WhatsApp mostram dois homens trocando socos em frente a uma portaria de um condomínio.

"Urgente: Ministro Alexandre de Moraes é agredido na portaria de condomínio. Segundo informações, homens estavam de campana em frente ao prédio aguardando saída do ministro", diz a mensagem que acompanha o vídeo da agressão.

Por que o vídeo é falso?

O homem que aparece nas imagens não é Alexandre de Moraes. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do STF ao UOL Confere via email.

A agressão não foi noticiada pela imprensa. Em uma busca simples no Google, é possível encontrar links de outras agências de checagem, desmentido a afirmação (veja aqui)

Nome do condomínio aparece no vídeo; The Place não quis prestar esclarecimentos para esta checagem
Nome do condomínio aparece no vídeo; The Place não quis prestar esclarecimentos para esta checagem Imagem: Reprodução/ frame do vídeo do Instagram

Em um frame do vídeo é possível identificar o nome "The Place Mooca" e o número 3399. Uma busca no Google Maps com esse termo mostra o mesmo lugar do vídeo (veja aqui).

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Em resposta à Lupa, a administração do condomínio The Place, na Mooca, Zona Leste de São Paulo, confirmou que uma briga ocorreu no local no dia 6 de outubro (veja aqui). Segundo a agência de checagem, um entregador de aplicativo parou a moto em lugar indevido e foi alertado pelo segurança, o que teria causado a briga. O homem careca que aparece no vídeo - falsamente apontado como o ministro Alexandre de Moraes -, é o segurança do condomínio.

O UOL Confere entrou com o contato com o condomínio The Place, por ligação e mensagens. No contato por WhatsApp não houve retorno. Já por ligação telefônica, uma mulher atendeu o telefone e, ao ouvir a identificação da repórter, afirmou que não poderia dar mais informações. Em seguida, desligou.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que a Polícia Civil não localizou registro de ocorrência como a descrita no vídeo.

Sugestões de checagens também podem ser enviadas para o email uolconfere@uol.com.br.

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