É falso que o Brasil foi rejeitado na OCDE; adesão está em andamento
![29.nov.2023 - Itamaraty afirma que processo de adesão está em curso 29.nov.2023 - Itamaraty afirma que processo de adesão está em curso](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/bd/2023/11/29/29nov2023---itamaraty-afirma-que-processo-de-adesao-esta-em-curso-1701282129324_v2_450x450.png)
Não é verdade que o Brasil tenha sido rejeitado na OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), como afirma uma publicação replicada no Instagram. O processo de adesão, iniciado em 2022, ainda está em curso, segundo o Itamaraty.
O que diz o post
Uma publicação compara o Brasil e a Argentina, e diz que "sente inveja da Argentina". Entre os pontos elencados para o país vizinho estão "ganhou a copa, elegeu Milei, vai entrar na OCDE e aliança com EUA e Europa". Já do lado do Brasil, o post destaca: "perdeu a Copa, elegeu Lula, foi rejeitado pela OCDE, aliança com Irã, China e Rússia".
Por que é falso
O Brasil não foi rejeitado pela OCDE. O processo de adesão está em andamento, de acordo com o Itamaraty.
Brasil e Argentina foram convidados a aderir à OCDE em janeiro de 2022 (leia aqui, aqui e aqui no site da OCDE).
O Brasil teve o "roteiro de adesão" aprovado em junho do ano passado. O documento estabelece termos e condições para a entrada do país na organização e marca o início da etapa prática do processo de entrada na OCDE (veja aqui). O roteiro de adesão da Argentina não foi aprovado, o que postergou o processo de adesão do país (leia aqui e aqui no site da OCDE, em espanhol).
Em resposta ao UOL Confere, o Itamaraty afirma que não há previsão para a conclusão do processo de ingresso do Brasil na OCDE, e que a entrada mais recente de países latino-americanos, como Costa Rica e Colômbia, levou sete anos.
Em 31 de agosto passado, foi instituído, por meio do Decreto nr. 11.671, o Grupo de Trabalho Interministerial sobre a OCDE. O colegiado subsidiará as considerações do governo acerca do processo de acessão. Ministério das Relações Exteriores
Este conteúdo também foi checado por Estadão Verifica e Reuters Fact-Check.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
Deixe seu comentário