Governo Lula não está reativando orelhões nem vai acabar com redes sociais

É falso que o governo federal esteja reativando orelhões porque haveria um projeto para acabar com as redes sociais no país. Vídeo mostra, na verdade, manutenção feita pela Oi em Palmas, como informou a empresa ao UOL Confere.

O que diz o post

Em um vídeo que mostra o que aparenta ser uma equipe fazendo manutenção de um telefone público da empresa Oi, um homem comenta fazendo a seguinte afirmação: "o Lula está com projeto que vai cessar mesmo as redes sociais e já está instalando orelhões em Palmas pro povo voltar pro cartãozinho".

Por que é falso

Não existe projeto de reativação de orelhões desativados. A informação foi repassada pelo Ministério das Comunicações e pela Anatel.

O vídeo mostra, na verdade, uma manutenção realizada por uma equipe terceirizada da Oi. Os orelhões são concessões públicas e, no Tocantins, a Oi é responsável pelo serviço. "A empresa acrescenta que não trabalha em nenhum projeto para a retomada dos orelhões no país", afirma a concessionária.

A política pública em vigor foi definida por Bolsonaro. Os critérios para instalação e manutenção de orelhões estão definidos no Plano Geral de Metas de Universalização, em decreto assinado em 27 de janeiro de 2021, pelo então presidente Jair Bolsonaro (confira aqui).

Empresa terceirizada não respondeu. O UOL Confere entrou em contato com a empresa Telemont, já que o veículo da equipe que aparece no vídeo tem a identificação da empresa, mas não obteve resposta até a publicação desta verificação.

Leia a nota da Oi na íntegra:

"A Oi informa que o vídeo se trata de uma manutenção realizada por uma equipe terceirizada da companhia. A empresa acrescenta que não trabalha em nenhum projeto para a retomada dos orelhões no país. Mais da metade (66%) dos cerca de 80 mil orelhões da Oi existentes no Brasil registram uma média de menos de uma chamada por dia e, embora quase não sejam utilizados pela população, exigem recursos elevados para sua manutenção, de cerca de R$ 100 milhões por ano. O Brasil deveria seguir o exemplo de outros países, com a retirada de orelhões e melhor aproveitamento dos investimentos obrigatórios em telefones públicos para atender demandas mais atuais da população, como os serviços de conectividade e acesso à internet em banda larga. Não existe empresa que comercialize cartão telefônico e o custo de comercialização é maior que a receita das chamadas, o que se somaria aos custos de manutenção. Sendo assim, as ligações são gratuitas. Os dados sobre telefones públicos estão disponíveis no site da Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações".

Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.

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