Em vídeo do AfroReggae, acusada de roubar relata como entrou para o crime
A catarinense Ivone Fernandes de Mendonça, 34, que chefiava a quadrilha que assaltou o restaurante Brasa Gourmet, segundo a polícia, e morreu durante troca de tiros com a PM, na segunda-feira (13), participava de um projeto de ressocialização do AfroReggae, onde chegou a trabalhar como recepcionista.
'Gaúcha' diz que era viciada em crack
Há dois anos, ela participou de um vídeo produzido pela ONG no qual relata como entrou para o crime depois de viajar ao Rio de Janeiro apenas para ver um show do Rolling Stones, em 2006.
Mendonça, que era chamada pelos comparsas de "Gaúcha" em razão de seu sotaque sulista, participou de uma ação criminosa pela primeira vez há seis anos, quando se envolveu em uma tentativa de assalto. Na ocasião, segundo o depoimento da própria, Ivone foi baleada, presa e condenada a 15 anos de prisão por lesão corporal, resistência e roubo.
Condenação
"Gaúcha" cumpriu quase quatro anos de reclusão até ingressar no regime semiaberto, em 2009, época na qual se juntou ao AfroReggae. Porém, naquele mesmo ano, Mendonça não voltou para o presídio depois de sair para trabalhar e passou a ser considerada foragida.
No vídeo, a acusada de chefiar a quadrilha de assaltantes também revela ter sido viciada em crack, e conta como o relacionamento com amigos vinculados ao crime, os quais ela diz ter conhecido na chegada ao Rio de Janeiro, fez com que ela tivesse uma recaída em relação ao entorpecente.
O coordenador do AfroReggae, José Júnior, afirmou em seu perfil no Twitter que Ivone desapareceu depois de uma suposta tentativa de homicídio, em 2010, e que não a via há mais de dois anos. Em 2011, a catarinense chegou a procurar pelo grupo para pedir ajuda, mas o AfroReggae afirmou que só a receberia de volta caso ela se entregasse à Justiça.
"Ela tinha que se entregar, já que era evadida. Triste fim. Só que infelizmente ela teve uma chance e não soube aproveitar", comentou o coordenador da ONG.
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