"Não saí de casa para matar ninguém", diz motorista que atropelou mãe e filha em Congonhas
"Não saí de casa para matar ninguém. Bebi um pouco, sofri um mal súbito e apaguei”, disse Wagner Alves Alvarenga, 23, ao assinar termo de comparecimento no Fórum da Barra Funda, um dia após ser solto ao pagar fiança. Ele dirigia o carro que atingiu mãe e filha no aeroporto de Congonhas na manhã do último sábado (8).
Clarice da Costa, 56, morreu no acidente. A filha dela, Camila Ariele Turolla, 27, foi transferida na madrugada desta terça-feira para a Santa Casa de Piracicaba (160 km de SP), onde mora, e passará por cirurgia.
Alvarenga diz estar muito abalado e que "está vivendo à base de remédios'.
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que o alvará foi emitido por volta das 19h30. De acordo com Hednilson Fitipaldi, advogado de Alvarenga, a fiança paga foi de R$ 12.440, valor obtido com a ajuda de amigos e familiares.
Alvarenga, que chegou a ficar detido na delegacia do aeroporto, já havia sido transferido para o Centro de Detenção Provisória, em Pinheiros (zona oeste).
A fiança foi paga na 1ª Vara Criminal do Júri da Barra Funda. Em liberdade provisória, Alvarenga deverá responder por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e por tentativa de homicídio.
Em depoimento à polícia, o motorista contou que, antes do acidente, havia participado de uma festa de confraternização da empresa na qual trabalha. Ainda segundo a polícia, ele fez o teste do bafômetro, que indicou 0,28 mg de álcool por litro de ar expelido.
Pela lei, se a quantidade de álcool for de 0,11 mg até 0,33 mg por litro de ar expelido, o motorista não responde criminalmente, mas é multado, perde o direito de dirigir por 12 meses e tem a carteira de habilitação retida. Acima de 0,34 mg, o motorista responde por crime de trânsito e pode ser preso.
Alvarenga também chegou a dizer, em depoimento, que dormiu ao volante. Ontem, a família disse temer que Alvarenga não seja punido.
A família das vítimas, de Piracicaba (SP), iria de férias para Florianópolis (SC). As duas foram levadas para o hospital Saboya, no Jabaquara (zona sul), mas Clarice não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo foi enterrado ontem, em Piracicaba.
Camila, que fraturou as duas pernas, continua internada e deverá passar por uma cirurgia, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde. O quadro dela é estável.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.