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Pai recupera bolsa de filha e chama boate Kiss de 'inferninho'

Rodrigo Bertolotto

Do UOL, em Santa Maria (RS)

31/01/2013 11h33

"Nunca gostei daquele lugar. Para mim, aquilo era um inferninho", disse o vendedor Tarso Santos, ao sair da delegacia em que pegou os pertences recuperados de sua filha Taise, uma das 235 vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), ocorrido no domingo (27).

A polícia devolveu a ele a bolsa de Taise, em que havia R$ 62, um batom, dois cartões de crédito e a carteira de habilitação.

"Eu mesmo levei Taise para a Kiss. Também dei carona para três amigas dela. Duas morreram e uma está hospitalizada", conta o pai ao deixar a delegacia de polícia onde pessoas procuravam objetos de familiares mortos.

A filha voltaria de táxi para casa. De férias, a irmã, Daniela, não foi, como de costume, com a irmã para a festa. "Ainda bem que minha outra filha foi salva. Se não, a dor seria em dobro", lamenta.

  • Arte UOL

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Novas perícias

Equipe de peritos do IGP (Instituto Geral de Perícia) e do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) do Rio Grande do Sul realizam novas inspeções nesta quinta-feira (31) na boate Kiss, em Santa Maria (301 km de Porto Alegre). Um incêndio no local, na madrugada do último domingo, deixou 235 pessoas mortas e mais de 100 feridas.

Segundo a imprensa do IGP, em Porto Alegre, segundo a qual cinco peritos da área de incêndio e um fotógrafo do Instituto de Criminalística em Santa Maria participam da inspeção.

Ainda conforme a assessoria, os procedimentos de refazer ou fazer nova inspeção "estão dentro da normalidade".